Granada mata um e fere 12 em protesto sérvio no Kosovo

Uma pessoa morreu e outras 12 ficaram feridas nesta sexta-feira na explosão de uma granada na dividida cidade de Mitrovica, no norte do Kosovo, durante um protesto contra os planos do governo kosovar de abrir um escritório na zona de maioria sérvia.

Milan Jakovljevic, diretor do hospital da cidade, confirmou à agência Tanjung a morte de uma pessoa na explosão e disse que a maioria dos feridos são servo-kosovares e sofreram lesões causadas pelos estilhaços da bomba.

O ministro de Interior do Kosovo, Bajram Rexhepi, disse à imprensa que uma granada foi lançada contra um grupo de mil sérvios que protestavam em frente ao Escritório de Registro Civil.

Um dos feridos, Zoran Rakic, afirmou à imprensa local que os participantes do protesto estavam concentrados de forma pacífica, quando foi ouvida a forte explosão.

Rexhepi afirmou que a situação está sob controle e assegurou que a agência continuará funcionando apesar de o Escritório do Representante Internacional Civil para a ex-Província sérvia ter solicitado seu fechamento.

O porta-voz policial Besim Hoti disse à Efe que durante os incidentes também foram ouvidos disparos.

A imprensa local informa que policiais da missão da União Europeia (UE) e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se deslocaram à zona da explosão para evitar violência e confrontos.

A cidade de Mitrovica, no norte da ex-Província sérvia do Kosovo, está divida entre população albano-kosovar e sérvia e foi palco de conflitos entre as duas comunidades no passado.

Kosovo declarou sua independência unilateral da Sérvia, em 2008, algo que não é reconhecido por Belgrado, que considera a região parte íntegra de seu território.

Após a explosão, o presidente sérvio, Boris Tadic, pediu às instituições internacionais "a mais enérgica reação" contra as tentativas de desestabilizar a situação e disse que a Sérvia não responderá às provocações.

Tadic pediu "a manutenção da ordem e a legalidade no Kosovo e a prevenção das provocações e das ameaças à paz".