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03/07/2010 - 12h58

Vice-presidente dos EUA faz visita surpresa à Bagdá

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em meio ao clima de incerteza após as eleições iraquianas, o vice-presidente americano, Joe Biden, chegou neste sábado à Bagdá para uma visita surpresa, um mês antes do anunciado início da retirada das tropas dos Estados Unidos que operam no Iraque.

Biden aterrissou às 17H30 local e foi recebido no aeroporto pelo embaixador americano em Bagdá, Christopher Hill, o ministro das Relações Exteriores iraquiano, Hoshyar Zebari, e o comandante das forças americanas no Iraque, o general Ray Odierno.

O vice, apontado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para liderar os assuntos relacionados ao Iraque em Washington, deve conversar com líderes iraquianos para buscar soluções ao impasse gerado pelas eleições no país.

Quatro meses após o pleito e uma sequência de atentados, ameaças entre candidatos e recontagem dos votos, o país ainda está imerso em uma grave crise de instabilidade política.

Os iraquianos esperavam que as eleições conduzissem o país à estabilidade e recuperação econômica sete anos após a invasão liderada pelos EUA, mas o pleito acabou gerando uma série de disputas políticas e causou uma onda de violência, ameaçando o retorno de uma guerra sectária.

Trata-se da primeira visita do vice-presidente americano ao Iraque desde janeiro, quando foi à Bagdá pouco antes das eleições para tentar desativar uma crise gerada pela exclusão de centenas de candidatos ao pleito.

Biden chegou na véspera do dia da festa da independência dos Estados Unidos,e ainda se desconhece quanto tempo permanecerá no país.

Parlamento

Próximo ao fim de seu mandato, o presidente iraquiano Jalal Talabani convocou para o próximo dia 14 de junho a primeira reunião do novo Parlamento, informaram fontes oficiais.

O anúncio foi feito pelo chefe do escritório presidencial, Nasir al Ani, em comunicado divulgado pelo canal estatal de televisão Al Iraqiya.

A Assembleia Legislativa terá que escolher o presidente do Parlamento e o novo Presidente da República, que por sua vez deverá orientar o líder da principal força parlamentar a formar um novo governo.

Nas eleições do último dia 7 de março venceu a aliança Al Iraqiya (O Iraquiano), liderada pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, que conseguiu 91 das 325 cadeiras do Parlamento unicameral.

Em seguida se situaram as coalizões Estado de Direito, presidida pelo atual primeiro-ministro, Nouri al Maliki, com 89 deputados; e a Aliança Nacional Iraquiana, antiga parceira do governo de al Maliki, com 70 assentos. A Aliança Curda, com 43 cadeiras, é a quarta força parlamentar.

A aliança de Allawi e a de al Maliki disputam o direito de serem as encarregadas de formar o novo Executivo. A primeira por ter sido a vencedora das eleições de março e a segunda por formar, após um acordo com a Aliança Nacional Iraquiana, a bancada mais numerosa.

Confirmação

Após uma eleição conturbada, que incluiu denúncias de fraudes, discordância e troca de ameaças entre as coalizões, cancelamento de candidaturas e uma recontagem dos votos, o Tribunal Supremo do Iraque ratificou no dia 1º de junho os resultados das eleições legislativas de 7 de março, retirando assim o último obstáculo para a formação do próximo governo.

Os magistrados deixaram sem ratificar a eleição de dois deputados, sem que isso influencie no resultado das eleições, informou o chefe do tribunal, Madhat al Mahmoud.

"O Tribunal Supremo decidiu ratificar os resultados das eleições legislativas e adiar o de dois candidatos", declarou al Mahmoud à imprensa.

A formação do governo será crucial para garantir o processo de saída das tropas americanas, que invadiram o país em 2003 para derrubar Saddam Hussein.

Nas eleições de março, o partido que obteve mais cadeiras foi o do ex-primeiro-ministro laico Iyad Allawi, com 91, contra as 89 do partido encabeçado pelo atual primeiro-ministro, o xiita Nuri al Maliki.

COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

 

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