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08/01/2008 - 02h30

Bolsa Família, Eleição nos EUA, Trânsito, Impostos, 2008, Praias

da Folha Online

Bolsa Família

"A medida provisória editada por Lula nos últimos dias de 2007 em relação ao Bolsa Família, estendendo benefícios aos filhos de 16 e 17 anos, é uma 'esperteza' política. Apesar da aparente contenção de despesas pelo corte da CPMF, nesta área existem recursos. Com estimativa da inclusão de 1,7 milhão de jovens, serão 1,7 milhão de votos. Nem espera-se reação dos partidos de oposição, porque tudo é feito para 'auxiliar os menos favorecidos'."

MELCHIOR MOSER (Timbó, SC)

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Eleição nos EUA

"O mundo parece ainda não ter atentado para o fenômeno que está ocorrendo na corrida presidencial norte-americana. Pela primeira vez na história, um cidadão de ascendência africana, nascido de um casamento entre um negro queniano e uma jovem branca, originária do Kansas, enquanto ambos estudavam na Universidade do Havaí, tem possibilidades de disputar, com reais condições de vitória, a Presidência dos Estados Unidos.
Barack Hussein Obama, se sobreviver ao ódio racial enrustido em setores da sociedade e garantir a indicação do Partido Democrata, estará prestes a romper paradigmas que até os mais otimistas promotores da igualdade racial previam que fossem quebrados apenas dentro de alguns anos, tornando-se o primeiro afro-americano a ocupar a chefia da Casa Branca. Com a vitória de Obama estaremos diante de uma reviravolta histórica, pois até meados do século passado, em alguns Estados norte-americanos, os negros nem sequer podiam freqüentar as mesmas escolas que os brancos."

JÚLIO FERREIRA (Recife, PE)

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Trânsito

"Muito lindas e coerentes as opiniões dos leitores no 'Painel do Leitor' sobre as reformas e melhorias para diminuir a violência no trânsito. Porém jamais deveremos nos esquecer que a educação no trânsito começa dentro de nós. Sim, dentro de nós, dentro de nossas atitudes, de nossa alma. Como criticar o próximo se muitas vezes nos pegamos sendo péssimos motoristas? Nos esquecemos de dar seta e ainda nos achamos na razão com relação ao carro ao lado. Nos pegamos xingando o outro que fez uma manobra inesperada, nunca lembramos de sorrir, de dar passagem ou de relevar um erro do vizinho. Assim, acho que toda mudança é válida sempre que para melhor. Porém a primeira mudança deve vir dentro de nós, nas nossas atitudes e no nosso modo de dirigir particularmente. Só assim poderemos dar início a uma mudança geral!"

MARSELHA BOSSARDI (Curitiba, PR)

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Impostos

"Um golpe de mestre! Antes, as receitas oriundas da CPMF estavam atreladas à saúde, apesar de ninguém sentir isso na prática. Hoje o governo conseguiu liberar mais dinheiro, sem dar a devida satisfação à sociedade. Fica a pergunta: a oposição fez o jogo do governo sem saber de nada?"

UBIRATÃ CALDEIRA (São Bernardo do Campo, SP)

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2008

"Após ler o artigo 'Feliz 2008' ('Tendências/Debates', 2/1), de Frei Betto, configurou-se em mim a convicção: trata-se, o título do texto do articulista, de uma piada macabra, que nos augura um ano terrífico. O sr. Carlos Alberto Libânio Christo menciona o calendário, e o faz como sendo este apenas um marcador repetitivo e mecânico do mundo físico. Se o religioso sexagenário tivesse recorrido a fontes como Walter Benjamin, para quem o calendário, na sua dimensão cultural e nas potencialidades inscritas nela, pois é disso que se trata, funciona '... como um acelerador histórico. [...] os calendários não marcam o tempo do mesmo modo que os relógios. Eles são os monumentos de uma consciência histórica...', ou ao mestre Jean-Pierre Vernant, que afirma: '[...] opõem-se o tempo instável dos gestos humanos...' que é tempo kairós, o dos embates humanos na pólis, ao '... tempo soberano dos deuses...' que se traduz no estável e perene, acima das vicissitudes seculares. Mas, conclui o historiador: 'Tempo dos deuses e tempo dos homens se encontram quando a verdade vem à tona'. E a verdade, tanto em termos culturais --o ethos cristão que matricia as nossas práticas cotidianas--, quanto no plano político dos católicos que administram a nação desde sempre, é essa realidade histórica descrita pelo articulista: da hecatombe das populações autóctones aos 'caveirões' e 'milícias' paramilitares que agem nas periferias dos grandes centros urbanos, aos diversos nichos do edifício estatal saturados pelo cristianismo católico. Condenar o tempo presente por não ter realizado a sua utopia geracional, como faz o dominicano, penso que deve ser por nós interpretado como um mecanismo muito utilizado por aqueles que tiveram formação teológica: atribuir ao outro o fracasso da sua empreitada (a escrita teológica gosta da palavra missão). Salve a alvorada do ano que se inicia: lancemo-nos na erosão do edifício cristão --católico ou reformado-- que nos aprisiona e encarcera o espírito com os seus 'valores'."

MARCELO PEDRO DE ARRUDA, historiador (São Paulo, SP)

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Praias

"Em nota oficial, a Superintendência de Comunicação da Sabesp diz que a virada do ano foi marcada pela 'explosão de consumo de água na região do litoral paulista'. Esta afirmação é no mínimo mais um 'passa-moleque' em todos os usuários do sistema de água. É constrangedor ver que o costume de nomeações feitas por políticos segue a mesma norma: nenhuma experiência na área e pouca ou nenhuma habilidade administrativa para prever investimentos e carências.
Diz o comunicado que a Sabesp tomou todas as providências para que o caos não fosse consumado. Relata que no curto prazo intensificou campanhas institucionais de comunicação para o uso racional da água, que se estenderá ate o Carnaval. Vejam, duram até o Carnaval!
Necessita o governador Serra ter visão a longo prazo e verificar que os problemas de estiagem nas grandes metrópoles mundiais, como Nova York, Cidade do México, Tóquio e Berlim, dentre outras, tiveram um programa perene, duradouro e de estímulo para que os usuários aderissem ao programa de racionalização de água, e que durou anos. Estímulo financeiro para que a população mude de comportamento é essencial. Assim fizeram os governantes das cidades acima. Engraçado, se não fosse trágico, é ver que Serra autoriza campanhas que duram somente o tempo de estiagem, como fizeram todos os seus antecessores, o que agrada unicamente a algumas agências de publicidade, mas tunga o bolso do contribuinte. Não gera benefício permanente.
Comunicação eficaz é aquela que ensina as gerações vindouras a economizar água de forma consciente, demonstrando as vantagens da substituição de produtos antigos e gastadores, por novos e economizadores. Diversamente do que faz a Sabesp, que não adota política de comunicação eficaz, mas que adora anunciar investimentos na rede de água, administradores com alma pública de fato adotam procedimentos de economia de água, acima salientados, que são maciçamente divulgados, há anos, com campanhas duradouras e de incentivo. Esta é a solução a curto, médio e longo prazo. Facilitar o acesso a água, mas não ensinar a curtíssimo prazo a economizar, só favorece a Sabesp.
Mais do que campanhas e investimentos na rede de água, o governador Serra e a Sabesp necessitam é de espírito público e de visão de longo prazo para lidar com este problema."

PAULO COSTA (São Paulo, SP)

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