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PMDB impõe candidato próprio e dirigentes de Santa Catarina recuam
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NANCY DUTRA
DE BRASÍLIA
Depois da pressão exercida pela cúpula do PMDB, o diretório catarinense do partido resolveu voltar atrás e lançar candidato próprio ao governo estadual. O acerto foi definido em reunião nesta quarta-feira entre o presidente da sigla, Michel Temer, e a bancada de Santa Catarina no Congresso.
A chapa pura agrada aos caciques peemedebistas porque oferece mais um palanque à candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, que tem Temer como vice. Mas constrange os dirigentes catarinenses, que ainda tentam encontrar caminhos para uma aliança com o DEM.
Pelo acordo, o deputado federal Mauro Mariani irá disputar o governo ao lado do colega João Mattos, que fica com a vice. Os ex-governadores Luiz Henrique da Silveira e Paulo Afonso assumiriam as vagas para a corrida pelo Senado.
Há outros nomes cogitados para a candidatura ao governo, como o deputado estadual Edison Andrino, mas a avaliação é de que ele tem poucas chances por não ter força política suficiente no Estado.
A determinação do PMDB nacional sepulta a coligação com o candidato Raimundo Colombo (DEM), anunciada na semana passada pelo presidente estadual da legenda, Eduardo Pinho Moreira.
O peemedebista retirou sua candidatura ao governo e abriu crise com a direção nacional do PMDB. A cúpula do partido trata a atitude como uma quebra de confiança, e colocou apenas a candidatura própria como alternativa à intervenção.
"Chegamos ao entendimento de que é melhor reverter a decisão tomada de forma individual", afirmou o senador Neuto de Conto, que participou do encontro com Temer.
Apesar do quadro definido pelo comando nacional, os congressistas da bancada catarinense terão até sábado, data da convenção estadual, para acabar com a resistência de dirigentes estaduais.
Pinho Moreira criticou a forma "autoritária" como a discussão aconteceu hoje e ontem, em Brasília. "A direção nacional está a serviço do PT. Usaram Santa Catarina como moeda de troca", afirmou.
O presidente estadual citou os casos de Minas Gerais e Maranhão, onde os petistas desistiram da candidatura própria para apoiar nomes do PMDB --Hélio Costa (MG) e Roseana Sarney (MA).
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