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16/09/2010 - 03h00

Pós-graduação da USP melhora em exame

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FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

Dezenove programas de pós-graduação da USP entraram nos patamares máximos de qualidade, aponta a última avaliação federal. Com isso, a proporção de cursos da escola no nível de excelência subiu de 27% para 33%.

35% dos cursos de mestrado e doutorado são ruins ou regulares
Capes mostra que 75 cursos de pós-graduação podem ser encerrados
Número de cursos de mestrado e doutorado cresce 20% em três anos

Por outro lado, oito programas da instituição saíram dos patamares máximos, mas ainda podem recorrer. Isso será feito, por exemplo, pela FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo).

A avaliação, feita pela Capes (braço do Ministério da Educação), foi divulgada anteontem. Mestrados e doutorados com notas 6 e 7 (máximas) recebem mais recursos para pesquisa e maior autonomia para gerir a verba.

O exame considera períodos trienais (o último de 2007 a 2009). Subiram de nota na USP cursos de agronomia, engenharia e educação, por exemplo.

O pró-reitor de pós-graduação da universidade, Vahan Agopyan, afirma que o resultado geral foi "satisfatório", mas que a instituição ainda precisa melhorar, principalmente para aumentar sua inserção internacional.

Nos principais rankings, a USP costuma aparecer perto da 200ª posição do mundo --sempre a melhor do Brasil.

Para tentar aprimorar sua pós-graduação, diz o pró-reitor, a USP vai criar uma autoavaliação, aumentar a ajuda da reitoria aos programas e procurar participar mais de pesquisas internacionais.

Responsável pelo programa de química analítica em São Carlos, que deu o maior salto da USP (nota 5 para 7), Éder Cavalheiro diz que a melhora ocorreu devido à fusão com o curso de físico-química, o que ampliou a oferta de disciplinas aos alunos.

Especializado em medição de produção científica, Rogerio Meneghini afirma que a USP tem "cerca de dez departamentos comparáveis aos melhores do mundo". Ele diz, porém, que o aumento de cursos 6 e 7, "estatisticamente, não foi significativo".

AVALIAÇÃO NACIONAL

A avaliação aponta que subiu de 237 para 298 o número de cursos 6 e 7 no Brasil.

Segundo Renato Janine Ribeiro, ex-diretor da Capes, a proporção de cursos no país nas notas 3, 4 e 5-6-7 não costuma ter grande variação entre as avaliações, pois a metodologia usada tende a distribuir um terço dos programas em cada patamar.

Janine Ribeiro diz que o método permite que, "em vez de definir previamente os padrões de cada nota, os estabeleça em razão do desempenho constatado" no período.

Para ele, "a avaliação é peça-chave" para melhorar a pós-graduação do país.

LISTA

Cursos que entraram no patamar mais alto:

Anatomia dos animais domésticos e silvestres
Artes visuais
Ciências (biologia celular e tecidual)
Ciências biológicas (microbiologia)
Controladoria e contabilidade
Educação
Engenharia mecânica
Letras (teoria literária e literatura comparada)
Urologia
Ciências da computação e matemática computacional - São Carlos
Geotecnia - São Carlos
Química (química analítica) - São Carlos
Enfermagem em saúde pública - Ribeirão Preto
Medicina (saúde mental) - Ribeirão Preto
Patologia - Ribeirão Preto
Saúde da criança e do adolescente - Ribeirão Preto
Agronomia (fitopatologia) - Esalq
Ecologia aplicada - Esalq
Fitotecnia - Esalq

 

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