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Para alunos, proibição do uso de lápis na prova do Enem prejudica anotações
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ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO
Diego Bernardo, 21, foi pego de surpresa quando soube que não poderia levar lápis e borracha para a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano. O Inep, órgão do Ministério da Educação responsável pela prova, vai permitir apenas o uso de caneta esferográfica preta --feita de material transparente.
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A alteração inviabiliza que os estudantes possam apagar e refazer contas e rascunhos das respostas. No entanto, segundo o instituto, a restrição foi pensada "por uma questão de segurança".
Muitos alunos preenchiam o cartão-resposta e faziam a redação à lápis. Com isso, acabavam eliminados, pois o leitor ótico só "enxerga" marcações feitas com caneta.
Segundo a assessoria do Inep, "agora, não podendo levar lápis, seguramente todos irão marcar o cartão e fazer a redação com caneta". "Achei bem ruim não poder usar lapiseira, que estou acostumado. Mas a redação já estou treinando com caneta", diz Diego.
Em 2009, muitos alunos reclamaram que só havia espaço em branco para rascunho no final de cada uma das quatro provas, além de uma folha reservada para a redação. Diego usou até a carteira para rascunhar. "Mas era lápis, depois apaguei tudo. Agora nem isso vai dar."
O Inep afirma que o Enem 2010 terá mais espaço em branco para os rascunhos, mas não revela o tamanho.
"Os estudantes estão acostumados com rascunho nas provas do colégio. Não precisam de outros complicadores, a prova já é difícil o suficiente", critica José Hélio de Moura Filho, coordenador do Colégio Poliedro de São José dos Campos (SP).
SEM RELÓGIO
Quem fizer a prova do Enem também não poderá levar relógio. Todas essas restrições fizeram com que o Ministério Público Federal no Espírito Santo entrasse, ontem, com uma ação civil pública contra o Inep.
Antes de acionar a Justiça, o procurador André Pimentel Filho disse que pediu ao Inep que informasse como os estudantes seriam alertados sobre o tempo de prova.
Ele diz que a resposta chegou anteontem, esclarecendo que "o tempo será controlado por um sinal sonoro na abertura da prova, um aviso oral quando faltar meia hora para o término e outro sinal sonoro ao final, sendo que o aluno poderá perguntar o horário aos aplicadores".
Para o procurador, a medida do Inep é insatisfatória.
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