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Infiltração e falta de luz interrompem aulas no interior de SP
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LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
Chuvas e até falta de iluminação nas salas têm interrompido as aulas de alunos da escola estadual Veiga de Miranda, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
De acordo com pais de estudantes, a chuva que atingiu a cidade na quarta-feira (31) foi suficiente para que os alunos fossem enviados de volta para casa porque a água entrou em salas de aula.
Eles afirmam ainda que, por causa das infiltrações e do risco de curto-circuito, a energia elétrica está desligada em parte da escola e há salas sem iluminação.
O problema existe, segundo os pais, ao menos desde o início do atual ano letivo. "Nas reuniões, a escola já informou que, quando chove, não adianta nem mandar [o aluno]", disse a dona de casa Ana Paula de Souza, 27, cujo filho de sete anos estuda na unidade.
A vigilante Larissa Carla Selenguine, 31, disse que a filha de oito anos também voltou para casa na quarta por causa da infiltração de água.
Edson Silva/Folhapress | ||
Escola Veiga de Miranda, em Ribeirão Preto, cujas aulas são interrompidas em dia de chuva |
Outros três pais ou responsáveis por alunos confirmaram ontem para a Folha a mesma situação ocorrida durante os dias chuvosos. Todos se disseram preocupados em relação aos problemas de estrutura no teto da unidade de ensino -o temor é que a situação possa trazer riscos à segurança.
"Eu tenho medo, mas o que a gente pode fazer? Eles [estudantes] têm que estudar", disse a dona de casa Maria de Oliveira Peixoto, 66, cujo neto de sete anos estuda na instituição.
Segundo os responsáveis pelos alunos, há cerca de dois meses uma chuva forte chegou a desalojar boa parte dos estudantes, que teve de ser abrigada dentro do banheiro da escola, onde não existiam goteiras.
OUTRO LADO
A Secretaria de Estado da Educação informou na quinta (1º) que existe um projeto de reforma para a escola Veiga de Miranda, cuja obra deverá custar R$ 360 mil.
A fase atual é de montagem do edital da licitação, diz a secretaria. A obra prevê a troca do forro, revisão da cobertura e da instalação elétrica, reparos nos pisos, pintura e fechamento da quadra.
A pasta informou ainda que, independentemente das obras que estão previstas, enviará técnicos à escola nesta sexta-feira para avaliar a atual situação do prédio.
Questionado se haverá reposição das aulas perdidas pelos estudantes nos dias de chuva, o Estado disse que, segundo a direção da unidade, não houve interrupção. A secretaria disse que pais de alunos "retiraram espontaneamente os estudantes".
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