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10/02/2012 - 18h07

Palestra mais cheia da Campus Party reúne comediantes da internet brasileira

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ALEXANDRE ARAGÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A mesa mais disputada da Campus Party até agora reuniu os "filhos da internet" brasileira Rafinha Bastos, PC Siqueira, Maurício Cid (do blog Não Salvo ), Rodrigo Fernandes (do Jacaré Banguela ) e Rosana Hermann (do Querido Leitor ). A mediação foi de Bia Granja, curadora da área de mídias sociais do evento.

Durante a conversa, os assuntos mais comentados foram os limites do humor na internet e os processos que todos os participantes, exceto PC Siqueira, sofreram por causa de suas piadas --na semana passada, após uma ação da Apae, os DVDs de Rafinha Bastos foram retirados das lojas.

Joel Silva/Folhapress
Mauricio Cid (Não Salvo), Rafinha Bastos, Rosana Hermann (Querido Leitor) e Rodrigo Fernandes (Jacaré Banguela em conversa durante a Campus Party, no Anhembi, em São Paulo)
Mauricio Cid (Não Salvo), Rafinha Bastos, Rosana Hermann (Querido Leitor) e Rodrigo Fernandes (Jacaré Banguela) em conversa durante a Campus Party, no Anhembi, em São Paulo

"Pra mim, inclusão é sacanear todo mundo", disse Rafinha, comentando a ação da associação que representa pais de crianças com deficiência mental. "Tem muito deficiente que vem falar comigo no final do show."

Maurício Cid, que colocou uma notícia falsa entre os assuntos mais comentados do Twitter em outra palestra da Campus Party, comentou que seu primeiro problema por causa de piadas aconteceu com a polícia.

Segundo o blogueiro, uma das 1.024 comunidades criadas por ele no Orkut --uma piada com Michael Jackson-- foi mostrada em um programa de TV como exemplo de pedofilia na internet. "Depois, recebi uma ligação do Orkut dizendo que eu não deveria deixar o país e nem deletar minha conta porque a Polícia Federal estava me investigando."

"Mas, ao contrário do Rafinha, eu não sou pedófilo", brincou, para riso geral.

CONTEXTO

Os presentes concordaram que o principal problema das reportagens que desencadearam problemas judiciais a eles é retirarem as piadas do contexto. "Quando eu leio a piada do estupro fora de contexto me acho um filho da puta", disse Rafinha.

Outro problema, apontaram os humoristas, é as pessoas que assistem a seus vídeos e leem seus posts na internet acharem que são íntimas. "Eu peguei fama de virgem porque nunca falo de mulheres nos vídeos", exemplificou PC Siqueira. "Eu também tenho fama de virgem, mas é porque eu sou gordo e escroto", rebateu Fernandes, do Jacaré Banguela.

Por fim, os humoristas chegaram à conclusão de que a internet é um meio de comunicação mais potente que as mídias tradicionais. "O poder está conosco e com vocês, que entendem a internet", disse Rosana Hermann.

 

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