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Após trimestre de prejuízo, Microsoft espera resultados das novidades de fim de ano
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DA EFE, EM WASHINGTON
A gigante da tecnologia Microsoft entrou no vermelho entre abril e junho, com um prejuízo deUS$ 492 milhões. É a primeira vez que isso ocorre num trimestre desde que a empresa começou a operar na bolsa, em 1986.
O resultado negativo se deve, em grande parte, à subtração de uma quantidade importante usada na compra da agência de publicidade on-line aQuantive, em 2007, no valor de US$ 6,3 bilhões.
A empresa de informática fechou o trimestre anterior com um lucro líquido de US$ 5,10 bilhões, o que já significou um retrocesso de 2,3% anualizados.
As perdas líquidas aconteceram apesar do rápido aumento de sua renda, que ficou em US$ 18,05 bilhões, 4% a mais, o que permitiu um baixo lucro operacional de US$ 192 milhões.
O período abril-junho, fechamento do ano fiscal para a Microsoft, inclui a subtração de US$ 6,19 bilhões relacionados à compra, em 2007, da agência de publicidade on-line aQuantive, que representou o desembolso de US$ 6,3 bilhões.
Apesar das perdas líquidas, o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, qualificou como "recorde" o trimestre, graças à receita anual, e anunciou em comunicado que os próximos meses serão "a temporada de lançamentos mais emocionante da história da Microsoft".
A companhia espera uma mudança de rumo com o lançamento do novo sistema operacional Windows 8, que será divulgado ao setor em agosto e lançado no mercado no final de outubro, e com a nova versão do Office.
Ambos os programas serão concebidos para a computação em nuvem, para que os usuários possam trabalhar com arquivos salvos em servidores de vários dispositivos ao mesmo tempo, especialmente devido à introdução cada vez maior de tablets e "smartphones".
O diretor financeiro da Microsoft, Peter Klein, destacou "a combinação de um crescimento sólido de renda com uma rigorosa disciplina de custos".
Segundo o responsável financeiro, a transnacional está concentrando seus recursos "em áreas estratégicas que oferecem valor para o acionista em longo prazo e oportunidades de crescimento".
A Microsoft, que tinha fechado o dia com um avanço de 0,71% em Wall Street, ampliou os avanços nas operações eletrônicas finais para 2,49% levando os resultados a serem relativamente bem recebidos.
O gigante da informática de Seattle destacou aos analistas que o Windows 7 continua sendo dominante, com 50% do mercado mundial, enquanto o Office segue ampliando seus clientes entre grandes corporações e usuários, algo que põe as bases para uma boa recepção do novo software e do novo tablet.
No mês passado, a Microsoft anunciou a chegada de seu tablet, o Surface, cujo preço e a data de venda ainda são desconhecidos (a previsão é de que ele seja lançado no outono nos EUA). O tablet tentará concorrer com o iPad e com a onda de novidades neste segmento.
A divisão de dispositivos aumentou seu faturamento no período abril-junho em 20% e em 8% nos últimos 12 meses.
Isso se deve à boa fase das vendas do console de videogames Xbox e da introdução de uma nova plataforma que conecta telefones, computadores e tablets com o Xbox 360.
A Microsoft também espera manter sua boa posição no mercado com a integração do serviço de chamadas e videoconferências do Skype no Office e em outros tipos de software.
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