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Valve, criadora de 'Half-Life', mira o futuro dos games
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DE SÃO PAULO
Na Valve, desenvolvedora de games responsável por séries populares como "Portal" e "Counter-Strike", qualquer um dos mais de 300 funcionários tem liberdade para iniciar novos projetos.
Recém-contratados não têm locais de trabalho fixo: eles são livres para escolher como e onde serão mais produtivos. "É por isso que todas as mesas daqui têm rodinhas", diz o guia que é entregue para novos empregados.
Há uma década, antes de a indústria do entretenimento descobrir que o consumo de mídia por download era o futuro, a Valve lançou o Steam, serviço on-line que tem mais de 40 milhões de assinantes em todo o mundo.
Stuart Isett/The New York Times | ||
Funcionários da Valve na sede da empresa, em Washington |
O Steam é para os games o que o iTunes é para a música --uma grande plataforma de distribuição digital.
"Eles estão na vanguarda do futuro desta indústria", disse Peter Moore, chefe de operações da Electronic Arts, gigante do setor de games, ao "New York Times".
Segundo fontes do jornal, a EA tentou, durante anos, comprar a Valve. A oferta feita (e recusada) foi de US$ 1 bilhão -como comparação, no ano passado a mesma EA pagou US$ 650 milhões para adquirir a PopCap, outra empresa de jogos eletrônicos.
Em 2011, segundo dados da própria Valve, o Steam vendeu mais de 100% a mais que em 2010. Foi o sétimo ano seguido em que a plataforma dobrou o número de vendas do ano anterior.
O novo passo da Valve em direção ao futuro é o Big Picture, versão do Steam otimizada para TVs, disponível para teste público desde a semana passada. O projeto torna a interface da plataforma mais amigável para controles remotos e grandes televisores -ainda que precise de um computador para funcionar.
Stuart Isett/The New York Times | ||
Gordon Stoll, jornalista do "New York Times", testa um protótipo de óculos de realidade aumentada da Valve |
PC PARA VESTIR
Enquanto muitas empresas estão preocupadas em adaptar produtos e serviços para a tecnologia sensível ao toque de tablets, celulares e PCs, executivos da Valve já pensam em outros caminhos.
"O touchscreen é uma tecnologia de curto prazo, com vida útil de no máximo dez anos. Acho que no futuro teremos pulseiras. Nossas mãos possuem grande capacidade de expressão", disse Gabe Newell, fundador e presidente da empresa, na Casual Connect, conferência de games ocorrida em julho nos EUA.
Executivos da Valve têm outras apostas para os games: óculos de realidade aumentada e "computação vestível", além de produção de acessórios para jogos de PC.
"Estamos frustrados com a falta de inovação", diz anúncio no site da Valve. "O teclado e o mouse não evoluíram quase nada em 25 anos de existência", completa o texto.
Com informações do "New York Times"
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