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08/04/2013 - 07h10

Aplicativos colocam dados corporativos em risco

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QUENTIN HARDY
DO "NEW YORK TIMES"

Como acontece com muita gente atarefada, a vida de Delyn Simons tornou-se um aplicativo onde informações pessoais e corporativas estão misturadas.

"Tenho o Dropbox, o Box, o YouSendIt, o Teambox e o Google Drive", diz a executiva Simons, 42, citando alguns dos serviços do seu iPhone que armazenam memorandos, planilhas, informações de clientes e horários de jogos de futebol.

Ela e seus colegas da Mashery, uma empresa de 170 funcionários que ajuda outras companhias a criar mais aplicativos, também partilham dados corporativos no GroupMe, no Evernote, no Skype e no Google Hangouts. "Do ponto de vista da TI corporativa, minha equipe é um problema", diz ela.

Embora a troca de informações confidenciais esteja criptografada e disponível apenas a executivos autorizados, o diretor de tecnologia da Mashery, John Oberon, disse que há limites para o que pode ser feito para impedir as pessoas de repassarem um e-mail ou de armazenarem um documento em outros lugares além do celular.

Uma vez que os dados deixam a rede corporativa, protegê-los torna-se muito mais difícil. Uma busca pelo nome de praticamente qualquer grande empresa mais a palavra "confidencial" resulta em documentos supostamente secretos que alguém retirou da rede da empresa e publicou.

Tais perdas podem causar prejuízos financeiros e morais.

Peter DaSilva/The New York Times
Rajiv Gupta, executivo-chefe de Skyhigh Networks (à dir.), com engenheiros na sede da empresa, em Cupertino, na Califórnia
Rajiv Gupta, executivo-chefe de Skyhigh Networks (à dir.), com engenheiros na sede da empresa, em Cupertino, na Califórnia

A empresa Skyhigh Networks, que recentemente passou a monitorar o uso pessoal de aplicativos, contou mais de 1.200 serviços usados em redes corporativas a partir de aparelhos pessoais - alguns bem conhecidos, como o Facebook, e outros nem tanto, como o Remember the Milk, que ajuda a concluir tarefas.

A Skyhigh assina todos esses serviços, além de mil outros que ainda não tocaram redes corporativas, e pesquisa problemas de segurança - como a facilidade para entrar no sistema interno e obter dados de outro cliente.

A empresa então adequa a rede corporativa do cliente para que os serviços tenham graus diferentes de acesso à informação.

"Temos de ser cuidadosos na forma como inspecionamos vulnerabilidades de segurança, já que não queremos ser presos", disse Rajiv Gupta, executivo-chefe da Skyhigh.

O problema de vazamento de dados é tão antigo quanto a prática de levar uma cópia de carbono para casa no fim de semana. A diferença agora é como as pessoas podem pegar dados num deslizar de dedos e como elas sabem pouco sobre a presença de um "malware" em determinado serviço.

As empresas não querem atrapalhar a confluência entre casa e trabalho, porque ela geralmente é benéfica às companhias. Elas só querem mais segurança.

 

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