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04/08/2010 - 08h00

Autoridades dos EUA podem grampear o BlackBerry

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DA REUTERS, EM BOSTON

O BlackBerry -- conhecido pela segurança de seus serviços de mensagem -- não oferece 100% de proteção das escutas clandestinas. Pelo menos não nos Estados Unidos.

Oficiais de segurança dos EUA disseram que podem grampear e-mails e outras conversas feitas por meio do dispositivo, da RIM (Research in Motion), desde que tenham permissão da Justiça.

A abertura da RIM em garantir o acesso das mensagens às autoridades é um assunto polêmico. Os Emirados Árabes Unidos afirmam não ter o mesmo tipo de direito à vigilância de mensagens dos BlackBerry que os oficiais nos EUA. O país árabe ameaçou limitar alguns serviços se não tiver mais acesso.

Os detalhes exatos da disputa permanecem obscuros, mas experts em segurança dizem que muitos governos do mundo têm o poder de monitorar conversas no BlackBerry assim como já a possuem para diversos tipos de dispositivos móveis.

"O poder de grampear comunicações é uma parte da vigilância e inteligência da polícia pelo mundo." disse Mark Rasch, ex-chefe da unidade de crimes de informática no Departamento de Justiça dos EUA.

A RIM está em uma posição atípica ao ter que lidar com pedidos do governo no sentido de monitorar seus clientes porque é a única PRODUTORA de smartphone que controla o tráfego de mensagens usando seu próprio equipamento. Outras produtoras de smartphone -- incluindo Apple Inc., Nokia, HTC e Motorola Corp -- deixam o trabalho de gerenciar os dados com a operadora que provê Wi-Fi ao cliente.

O tráfego encriptado, ou embaralhado, da RIM é enviado por meio de servidores seguros nos próprios data centers da empresa, situados na maioria no Canada, onde ela é sediada. Alguns clientes corporativos escolhem hospedar servidores do BlackBerry em outros lugares.

Rasch disse que a RIM pode sentir-se desconfortável ao garantir tais acessos a oficiais dos EAU. Talvez haja medo de que autoridades possam fazer uso abusivo do acesso, disse.

"Você chega em um ponto onde a empresa sente-se incomodada do ponto de vista do cliente com o que o governo está pedindo dela," Rasch disse. "Pode ser uma questão do que estão pedindo para ela fazer ou uma questão de qual governo está pedindo"

As leis dos EUA que regem grampos são feitas para evitar o abuso do poder.

"É um processo muito complexo tentar obter um grampo. Não é algo que facilitam para nós", disse o Sargento da Polícia do Estado de Connecticut Shawn Corey.

 

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