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19/11/2010 - 18h31

Vírus que invadiu usinas do Irã ameaça indústrias de todo o mundo

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DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

O vírus Stuxnet, que invadiu instalações nucleares no Irã, representa uma ameaça para indústrias chave em todo o mundo, de usinas de tratamento de água e geração de energia a fabricantes de automóveis, disseram nesta quarta-feira especialistas em cibersegurança.

Sean McGurk, diretor interino do Centro de Cibersegurança e Comunicações do Departamento de Segurança Interior, descreveu o Stuxnet em testemunho perante o comitê do Senado como um vírus que "muda as regras do jogo".

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Detectado em julho, o Stuxnet "mudou significativamente o panorama dos ciberataques dirigidos", disse McGurk ao Comitê de Segurança Interna do Senado.

"Para nós, para usar um termo conhecido, muda as regras do jogo", resumiu.

O Stuxnet infecta um sistema computadorizado de controle, desenvolvido pela gigante industrial alemã Siemens, muito utilizado para administrar usinas de abastecimento de água, plataformas de petróleo e centrais elétricas.

A maioria das infecções com o Stuxnet foi descoberta no Irã, o que aumenta as especulações sobre a intenção de sabotar suas instalações nucleares, especialmente a usina de energia atômica construída pela Rússia em Bushehr (sul).

A empresa de segurança informática Symantec anunciou na semana passada que o Stuxnet pode ter sido projetado especificamente para interromper os motores das centrífugas usadas para enriquecer urânio.

Dean Turner, diretor da rede mundial de inteligência da Symantec, disse ao painel do Senado que embora 60% das infecções detectadas tenham ocorrido no Irã, o Stuxnet deve ser visto "como um chamado de atenção para os sistemas chave de infraestrutura em todo o mundo".

"Esta é a primeira ameaça publicamente conhecida que ataca sistemas de controle industrial e dá aos piratas informáticos controle vital sobre infraestruturas chave como usinas de energia, represas e instalações químicas", disse Turner.

O vírus é tão complexo que só "alguns poucos atacantes seletos" poderiam desenvolver uma ameaça similar, mas de qualquer forma, põe em destaque que "os ataques diretos para controlar infraestruturas chave são possíveis e não necessariamente ficção de romances de espionagem", disse.

Em setembro passado, o jornal "The New York Times" reportou que o código do Stuxnet inclui uma referência ao Livro de Ester, uma história do Velho Testamento, na qual os judeus descobrem uma trama persa para destruí-los.

 

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