Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/02/2011 - 19h03

Reino Unido quer regras internacionais sobre ciberespaço

Publicidade

DA REUTERS, EM LONDRES

Preocupado com a crescente ameaça do crime e da espionagem pela internet, o Reino Unido propôs nesta sexta-feira sediar uma conferência internacional para combater tais problemas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, falando em uma conferência sobre segurança na Alemanha, revelou detalhes sobre ataques recentes ao governo britânico e computadores usados pela indústria de defesa para enfatizar o problema das ameaças.

Ele também citou como o governo egípcio tentou impedir o funcionamento da Internet, redes de telefones celulares e emissoras durante protestos contra a presidência de Hosni Mubarak.

O ministro afirmou que a segurança do ciberespaço está na agenda de cerca de 30 organizações internacionais, mas que falta foco ao debate.

"Acreditamos que existe a necessidade de um diálogo mais amplo e estruturado para começar a construir consensos entre países que pensem de forma semelhante, assim como a base para acordos sobre como os países devem agir no ciberespaço", acrescentou.

O ciberespaço abriu novos canais para governos hostis tentarem roubar segredos e criarem novas formas de repressão, "permitindo que governos não democráticos violem os direitos humanos dos cidadãos", disse Hague.

"Isso alimenta preocupações com futuras guerras cibernéticas", disse.

"As regras internacionais sobre o uso do ciberespaço devem ser baseadas em princípios que incluam respeito pela privacidade individual, proteção da propriedade intelectual e um esforço coletivo para combater ameaças de criminosos que agem na internet", acrescentou.

ATAQUES

Hague descreveu uma série de ataques recentes ao governo britânico ou a computadores das contratadas pela sua indústria de defesa.

No ano passado, um arquivo malicioso que pretendia ser um relatório sobre o míssil nuclear Trident foi enviado para uma contratada da defesa por alguém fingindo ser empregado de outra empresa de defesa, disse Hague.

"O e-mail foi detectado e bloqueado, mas seu propósito era, sem dúvidas, roubar informações relacionadas a projetos de defesa", disse.

O novo governo de coalizão britânico, que vai durar oito meses, produziu uma nova estratégia de segurança nacional que classifica ataques e crimes pela internet como um risco de alta prioridade. Ele está gastando 650 milhões de libras (US$ 1,05 bilhão) em um programa de segurança nacional do ciberespaço.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página