Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/03/2011 - 17h28

Presidente da Cebit rechaça "aparelho salvador"

Publicidade

DIÓGENES MUNIZ
ENVIADO ESPECIAL A HANNOVER

Para o chefe da maior feira de tecnologia do mundo, ainda é cedo para pensarmos em um produto que funcione em todos os momentos de nossas vidas digitais.

"Cada um serve bem a seu propósito, mas nenhum [aparelho] tem dentro de si a solução ideal para todas as tarefas", afirma Ernst Raue, diretor da Deutsche Messe, responsável pela Cebit.

Cerca de 7.000 internautas responderam à mesma pergunta ("Qual será a nossa principal porta de entrada para a vida digital?") em uma enquete realizada pela Folha.com --e a disputa se mostrou acirrada.

Os itens mais votados foram notebooks e netbooks (32%), seguidos por tablets (27%) e smartphones (23%). Por último, ficaram as TVs (10%) e os computadores desktop (7%).

Na entrevista abaixo, o executivo alemão fala ainda sobre uma possível bolha no mercado de tecnologia e dá dicas para quem sonha em ser o próximo Mark Zuckerberg.

*

Folha - Qual será a plataforma principal de nossas vidas digitais daqui para frente?

Ernst Raue - Todos os dispositivos --TVs, smartphones, note e netbooks, tablets e computadores desktop-- terão seus respectivos lugares em algum momento de nossos dias. Cada um serve bem a seu propósito e é mais adequado para determinado uso do que os outros, mas nenhum tem dentro de si a solução ideal para todas as tarefas.
Por exemplo: você prefere assistir a um filme na sua TV de LCD ou em um smartphone? Ou: sim, você pode fazer ligações telefônicas do seu computador desktop e do seu notebook, o problema é que eles não cabem no seu bolso.

Divulgação
Ernst Raue, diretor da Deutsche Messe, responsável pela Cebit, maior feira de tecnologia do mundo, na Alemanha
Ernst Raue, diretor da Deutsche Messe, responsável pela Cebit, maior feira de tecnologia do mundo, na Alemanha

Mas esse aparelho ideal, aquele que vai funcionar para qualquer tarefa e em qualquer lugar, ainda vai ser criado?

Cada pessoa tem sua própria opinião a respeito do que seria este fator "ideal". Já podemos navegar na web, mandar e-mails, fazer ligações telefônica e assistir vídeos em um único dispositivo. A questão é: como faremos essas coisas no futuro? Pensar nessas inovações é que faz essa indústria tão fascinante.

Temos visto o crescimento rápido e pungente de várias empresas de internet, como o Facebook. A criação e o investimento em companhias novatas, as chamadas "start-ups", também está bastante aquecido. Há risco de uma nova bolha ponto com, como a de 2000?

Há sempre esse risco, mas hoje os investidores estão mais bem informados --inclusive por conta da bolha ponto com- e são, portanto, muito mais relutantes na hora de financiar uma "start-up" simplesmente porque alguém diz se está diante da "próxima grande novidade". Já percebemos que ainda há uma clara diferença entre número de usuários, assinantes e lucro.

Esta relação desigual entre "número de usuários" e "lucro" lembra o dilema enfrentado hoje pelo Twitter.

O Twitter tem mais de 175 milhões de usuários e já se estabeleceu entre as ferramentas de comunicação. Portanto, sim, eu penso que eles vão conseguir se tornar lucrativos.

Que tipo de conselho você daria a jovens empreendedores que buscam entrar no mercado de tecnologia?

Fazer "networking" [contatos profissionais] é muito importante para os empresários de todas as idades. Então, os recém-chegados [ao mercado] devem aproveitar oportunidades para conhecer o máximo de "pares" quanto for possível. De resto, sejam criativos. Não tenho medo de falhar e de aprender com suas falhas.

Tobias Schwarz - 26.fev.2011/Reuters
Equipe de limpeza prepara pavilhão da Cebit para a abertura; evento termina no sábado (5)
Equipe de limpeza prepara pavilhão da Cebit para a abertura da feira; evento termina no sábado (5)

O jornalista viajou a convite da Hannover Fairs do Brasil

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página