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01/08/2011 - 12h56

Combate a 'lobos solitários' é difícil

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DA REUTERS, EM LONDRES

Muitas vezes radicalizados, invisíveis e conectados à internet, agressores considerados "lobos solitários" pelas autoridades, aparentemente o caso do atirador que matou 76 pessoas na Noruega, são difíceis de detectar e podem representar desafio cada vez mais sério para os serviços de segurança.

O norueguês Anders Behring Breivik alega ser parte de uma rede mais ampla de cruzados, os chamados "cavaleiros templários", com células em outros locais da Europa.

Muitos especialistas em segurança duvidam que essa rede exista, mas, se existir, seus membros podem estar operando de modo quase completamente independente --e isso representa a mais grave ameaça.

Nos dez anos transcorridos desde os ataques do 11 de setembro de 2001, as autoridades se concentraram em criar sistemas de vigilância que tornam mais fácil bloquear as ações de "redes terroristas", rastreando as conexões interpessoais dos integrantes, e esses métodos são em larga medida improdutivos contra alguém que trabalhe sozinho.

Jon-Are Berg-Jacobsen/Aftenposten/Reuters
Anders Behring Breivik (esq.), suspeito de ser um 'lobo solitário', é levado em comboio policial para a prisão
Anders Behring Breivik (esq.), suspeito de ser um 'lobo solitário', é levado em comboio policial para a prisão

A boa notícia era que os "lobos solitários" são muitas vezes ineptos e não dispõem dos conhecimentos necessários para executar ataques de grande porte, dizem especialistas em segurança. Agora, Breivik parece ter tornado mais ameaçadora essa categoria de agressor.

"Se ele estava de fato operando sozinho, os agentes de segurança enfrentarão problemas", disse John Bassett, antigo funcionário do GCHQ, o serviço de escuta de comunicações do governo britânico, e hoje pesquisador do Royal United Services Institute.

Hoje em dia, é mais e mais frequente que as atividades extremistas on-line se refiram menos a grupos militantes que deliberadamente recrutam pessoal para suas causas e mais a indivíduos vulneráveis e isolados que estão em busca de um senso de comunidade que lhes falta.

"Uma pessoa pode se radicalizar na internet", disse Richard English, diretor do Centro do Estudo do Terrorismo e da Violência Política na University of St Andrews, Escócia. "E é muito mais difícil para as autoridades manter a vigilância quanto a isso."

É difícil prever esse tipo de ameaça, mas não impossível. Scott Stewart, um ex-agente de segurança norte-americano, diz que há momentos decisivos nos quais até os mais solitários dos "lobos" podem ser detectados.

O diário de Breivik na internet deixa claro que ele sabia que os momentos em que estava mais exposto foram quando procurava por fertilizantes (para fabricação de bombas) e armamento.

 

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