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26/10/2011 - 16h45

Presidente de Belarus chama redes sociais de "praga"

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DA EFE, EM MOSCOU

O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, tachou nesta quarta-feira (26) as redes sociais como uma "praga" para a estabilidade política dos países, citando como exemplo as recentes revoluções nos países árabes.

"Já aprendemos a lutar contra essa praga. Também tentaram nos desestabilizar por meio das redes sociais", afirmou Lukashenko, segundo a imprensa local.

Viktor Drachev - 19.dez.10/AFP
Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, fala com jornalistas após votação
Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, fala com jornalistas após votação

Considerado pela oposição bielorrussa e pelos Estados Unidos o último ditador da Europa, Lukashenko advertiu sobre o risco de acreditar que as redes sociais não são uma ameaça para os países europeus.

"Não podemos pensar que não nos afeta. Mas também não devemos acreditar que temos medo dessas redes", disse.

O líder de Belarus, que promoveu recentemente uma lei que proíbe a convocação de atos públicos nas redes sociais, negou ter a pretensão de bloquear a internet.

"Não há medo e não haverá proibições. Não queremos impedir o acesso à internet e redes sociais. Mas se usarem o espaço para criar ações ilegais teremos de tomar medidas pertinentes", disse.

Na última reunião da aliança militar pós-soviética, a Organização do Tratado de Segurança Coletiva, realizada em Minsk, Lukashenko destacou que "estão prestando muita atenção no que ocorre no espaço informativo".

"As ex-repúblicas soviéticas abordaram a tentativa de desestabilizar a situação em certos países com o uso destas novas mídias", disse.

Lukashenko denunciou que a derrocada do antigo regime na Tunísia resultou na vitória eleitoral dos islamitas e também se aventurou a dizer que não são agradáveis as perspectivas para a Líbia e Egito.

Em junho, as autoridades de Belarus foram obrigadas a bloquear as redes sociais depois que os opositores ao regime organizaram grandes e silenciosas manifestações por meio das redes sociais.

Os ativistas adotaram o mesmo exemplo das revoluções árabes com uso de novas tecnologias, porém se manifestaram em silêncio, sem gritos e cartazes contrários ao governo. Os opositores de Lukashenko se limitaram apenas a aplaudir.

No entanto, as forças de segurança prenderam centenas de jovens que protestavam contra o governo, que vivencia sua mais profunda crise econômica. Lukashenko chegou a desvalorizar a moeda nacional na tentativa de contornar o mau momento.

A ausência de liberdades democráticas, a queda do poder aquisitivo da população e os altos índices de inflação e desemprego foram os principais motivos que desencadearam os protestos populares.

 

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