Vírus raro mata terceiro turista de parque americano de Yosemite

A terceira morte por um perigoso vírus em uma área de camping no Parque Nacional de Yosemite (estado da Califórnia), foi confirmada, segundo informou à Agência Efe um porta-voz do Serviço Nacional de Parques Naturais dos Estados Unidos (NPS).

A terceira vítima morta pelo vírus é, assim como as duas anteriores, um americano que visitou o parque turístico de Yosemite neste verão e se expôs ao raro vírus transmitido por roedores conhecido como hantavírus (HPS, sigla em inglês) e que tem um alto índice de mortalidade.

Outras cinco pessoas continuam debilitadas pelo vírus, que provoca uma doença conhecida como a síndrome pulmonar por HPS.

O NPS informou, ainda, que os diretores do parque de Yosemite alertaram 39 países quanto à possibilidade de seus habitantes estarem entre as mais de 10 mil pessoas que ficaram expostas ao passar mais de uma noite em uma área de camping do parque entre 10 de junho e o fim de agosto.

	Kenny Karst/Efe
	O Parque Nacional de Yosemite, no Estado da Califórnia, nos EUA; local permanece aberto aos turistas

Essas pessoas correm risco por terem ficado na região de acampamento conhecida como Signature Tent Cabins (no acampamento Curry Village), onde foi detectado o vírus transmitido por ratos e ratazanas.

Em comunicado, o NPS afirmou estar trabalhando com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e agências estatais para detectar e informar sobre a doença, cujo risco de morte se é reduzido significativamente se for detectada a tempo.

"Queremos nos assegurar de que os visitantes têm informação clara sobre esse raro vírus e entendem a importância de cuidados médicos adiantados", disse o superintendente de Yosemite, Don Neubacher.

"Pedimos aos turistas que possam ter sido expostos ao hantavírus que busquem atendimento médico logo após apresentar os primeiros sintomas", acrescentou Neubacher.

A doença começa a se manifestar de uma a cinco semanas após o contágio, com sintomas como fadiga, febre, dores musculares e náuseas, para depois avançar rapidamente, com um índice de mortalidade de 36%.