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Curiosidade dos jovens abre espaço para bebidas latino-americanas na China
DA EFE
A China está cada vez mais receptiva a novos produtos estrangeiros, até agora desconhecidos no país, e parece ter chegado o momento para que bebidas latino-americanas como tequila, licor e cachaça entrem nesse promissor mercado graças à curiosidade dos jovens.
Foi o que garantiram diferentes produtores e organizadores oficiais dos pavilhões de vários países latino-americanos que participaram na semana passada da FHC 2012 de Xangai, uma das feiras anuais de alimentação e bebidas mais importantes do continente asiático.
Não só os licores se somam a esta tendência, mas outros produtos como os vinhos, os molhos típicos mexicanos e o café de alta qualidade também seguem a mesma estratégia.
"Os jovens chineses das grandes cidades estão buscando coisas novas e estão abertos a novos sabores e a novos coquetéis, e para um jovem chinês de alto poder aquisitivo, o rum, o conhaque e o uísque estão na mesma linha", afirmou o chileno Daniel Damke Chiang, presidente da firma Dingjian, importadora de licores.
Estes jovens "ainda não conhecem a ordem (por fração de mercado de cada produto e marca) do Ocidente, e aí vemos uma clara oportunidade para poder posicionar o licor", acrescentou.
Suas garrafas em forma de moai da Ilha de Páscoa fizeram sucesso na Expo de Xangai 2010, quando o pavilhão chileno vendeu mais de 70 mil unidades entre seus visitantes, e agora em Xangai, Pequim e Cantão começam a utilizar licor para novos coquetéis, como a caipirinha, com cachaça brasileira, ou a marguerita, com tequila mexicana.
"A China importa cerca de US$700 milhões de álcool por ano, com um crescimento muito grande, e estamos tentando abranger um pouco mais do que temos, embora ainda seja pouco", destacou Rodrigo Contreras, comissário comercial da ProMéxico em Xangai.
SXC | ||
Vista da cidade de Xangai, na China |
"O jovem de Xangai, por exemplo, gasta mais de 25% de seu salário em entretenimento, restaurantes e bares. Portanto, é preciso estar atento a este mercado", disse Contreras, já que está surgindo uma "necessidade de novos produtos e estamos tendo ótima aceitação".
A China ocupa o 20º lugar como importador mundial de tequila mexicana, mas só entre 1º de janeiro e 10 de novembro de 2012 o país comprou mais de 386 mil litros da bebida, 80% mais que a média anual, contou Milton Alatorre, representante para a Ásia do Conselho Regulador de Tequila, com sede em Xangai.
Em 2011, foram 206 mil litros; em 2010, 135 mil litros. As vendas dispararam rapidamente graças à curiosidade dos jovens, que fez com que os próprios distribuidores chineses começassem a perceber que a tequila poderia se transformar em uma nova "bebida de moda" no país, comentou Alatorre.
"Além disso, a tequila se parece com o "baijiu" (um "licor branco" tradicional na China que é feito de arroz). É uma bebida forte, cuja ingestão está relacionada com a virilidade, assim como no México", o que pode ajudar a aumentar seu consumo entre os homens, embora concorra diretamente com o próprio destilado nacional.
A cachaça brasileira também está se tornando conhecida no país. "A tequila começou antes na China", em 2005, e o escritório de Alatorre foi aberto em 2009, "mas são bebidas muito apreciadas e acho que há espaço para que cresçam todas", opinou Marcelo Junqueira, diretor de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura do Brasil.
"O consumidor que bebe destilado aprecia tanto o uísque como a cachaça ou a tequila, e acho que vamos seguir o mesmo caminho que a tequila" na China, onde, de repente a bebida começou a se expandir pelo mercado rumo ao interior do país.
Tal como ocorre com o café da Colômbia, México e Brasil, e "embora os velhos (chineses) não o bebam, os jovens têm muita curiosidade para consumi-lo e estão começando a adquirir o hábito", ressaltou Junqueira, prevendo que as vendas de café vão crescer muito na China nos próximos anos.
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