Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/03/2011 - 16h33

Atenções da feira de turismo ITB se voltam para o Japão

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO, DE BERLIM

Até na ITB, a maior feira de turismo do mundo, realizada em Berlim entre os dias 9 e 13 de março, a tragédia que vitimou o Japão acabou tomando conta das atenções.

O evento, que neste ano reuniu 11.163 empresas e organizações de 188 países, foi visitado por mais de 170 mil pessoas, e não escapou do clima de consternação.

A direção da feira divulgou uma nota em que diz lamentar o ocorrido e se solidarizar com as delegações japonesa e dos países da Oceania atingidos pelo tsunami que varreu o Pacífico.

Organizada por áreas do globo, a ITB (www.itb-berlin.com e www.itb-convention.com) reúne estandes de países que normalmente não são tão conhecidos do grande público --caso do Irã--, a outros que, pelo contrário, estão entre os mais visitados --caso dos países europeus (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) e dos Estados Unidos.

BRASIL

No setor reservado ao México e aos países sul-americanos, o Brasil decepcionou pelo estande relativamente acanhado e pela presença algo fugaz do ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB-MA), que anunciou que chegaria ao Brasil já no dia 11 "trazendo muitas novidades da ITB-Berlim".

"Em sua primeira viagem ao exterior, Novais reuniu-se com investidores, representantes de grupos hoteleiros e altos executivos das maiores operadoras de turismo do mundo", dizia nota da assessoria de comunicação do seu ministério. Ela afirmava ainda que Novais havia se reunido com "ministros de países como Marrocos, Paraguai, Jamaica e Argentina."

Roger Dow, presidente da U.S. Travel Association, que congrega toda a indústria do turismo dos EUA, bem que tentou encontrá-lo, em vão, para discutir a pressão política que sua associação faz sobre o governo Obama para que seja eliminada a necessidade (recíproca) de visto para turistas brasileiros e norte-americanos.

Entre as coqueluches do evento, o setor 12, ocupado pelo órgão de fomento turístico oficial Visit Berlin (www.visitberlin.de), chamava a atenção pela diversidade de expositores e pela qualidade do material informativo sobre a capital alemã, que vive uma febre de construções e remodela seu perfil urbano desde a queda do Muro de Berlim, em 1989.

Mas, mesmo países cuja atividade turística internacional é relativamente pequena, como o Paraguai e o Qatar, souberam aproveitar a oportunidade de mostrar seus atributos turísticos nessa megafeira melhor do que o Brasil, país que amarga um dos piores índices de visitação em todo o mundo.

Vizinha da Alemanha, a Polônia foi a parceira oficial da feira de turismo, antenada que está para as oportunidades de esquentar a sua economia com a presença de mais visitantes estrangeiros em seu território.

Além de assuntos turísticos propriamente ditos, a feira ITB também levantou alguns temas conexos, tais como a necessidade de proteção dos direitos das crianças, a importância da sustentabilidade ecológica no setor e o futuro dessa indústria frente às modificações empreendidas pela internet.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página