Descrição de chapéu Amazônia sob Bolsonaro

Balsas de garimpo no rio Madeira são queimadas em operação policial

No total, 69 embarcações foram apreendidas; houve apreensões de mercúrio e ouro

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Ribeirão Preto

Uma operação policial destruiu 69 embarcações utilizadas para garimpo ilegal no rio Madeira neste sábado (27).

Embora o garimpo de balsas seja uma prática considerada clandestina, existe há décadas no rio Madeira e emprega principalmente os ribeirinhos da região.

Parte das embarcações apreendidas e queimadas neste sábado pela PF (Polícia Federal), que deflagrou a operação Uiara, estavam abandonadas. A operação contou com participação da Marinha e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Imagem mostra balsas de garimpeiros sendo queimadas no rio Madeira
Balsas de garimpeiros são queimadas no rio Madeira - Reprodução

Depois da operação, o ministro Anderson Torres (Justiça) foi às redes sociais e afirmou que a pasta agiu "imediatamente" contra o crime.

Nos últimos dias, centenas de balsas ilegais se concentraram num trecho do Madeira, importante afluente do rio Amazonas, em Autazes (distante 110 km de Manaus em linha reta).

As imagens repercutiram, o que fez com que grupos de garimpeiros se dispersassem para fugir da fiscalização que foi anunciada na última quinta (25) pelo vice-presidente, Hamilton Mourão.

Houve apreensões de mercúrio nas balsas e ouro, metal que atraiu centenas de garimpeiros para o local. Uma pessoa foi detida.

Garimpeiros afirmaram que as equipes da operação queimaram as embarcações com o combustível delas e os deixaram na margem do rio apenas com documentos e pertences.

Os garimpos e a mineração ilegais na Amazônia ganharam novo impulso desde 2019, estimulados pelas promessas de legalização do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pela alta no preço do ouro.

Na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, o aumento na presença de garimpeiros acentuou a grave crise de saúde. No Pará, a utilização de escavadeiras (PCs) tem destruído dezenas de margens de rios e igarapés, além de gerar conflitos e violência. Em ambos os casos, a fiscalização tem sido ineficaz para conter o aumento desse crime.

No rio Madeira, já houve algumas tentativas de regularização, que travam na falta de coordenação entre os governos estadual e federal e na pouca estrutura dos órgãos ambientais para licenciar e fiscalizar.

Em janeiro, o governo de Rondônia regulamentou o garimpo no rio Madeira, mediante licença ambiental em várias etapas. Mas na prática poucas balsas e dragas (com mais estrutura e poder destrutivo) operam no rio de forma regular.

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