Siga a folha

G7 quer ajudar o mais rápido possível nos incêndios da Amazônia, diz Macron

Presidente francês afirma que há convergência dos países ricos para auxiliar florestas

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

DA AFP
Biarritz (França)

​Os países do G7, reunidos em uma cúpula no sul da França, concordaram em ajudar os países afetados pelos incêndios que assolam a Amazônia "o mais rápido possível", anunciou neste domingo (25) o presidente francês, Emmanuel Macron.

"Há uma convergência real para dizer que todos concordamos em ajudar os países afetados por esses incêndios o mais rápido possível", disse Macron, anfitrião da cúpula de países industrializados na cidade de Biarritz.

Macron citou os pedidos de ajuda lançados por países da região, em especial da Colômbia. Na última sexta-feira (23), o francês havia criticado a falta de ação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro no combate a este desastre ambiental.

A discussão sobre o tema na última semana levantou debates sobre a soberania dos países onde a Amazônia está, incluindo o Brasil, e o sucesso de acordos econômicos internacionais. 

O presidente francês, Emmanuel Macron, que rivalizou com Bolsonaro sobre a preservação da Amazônia - REUTERS

As imagens da floresta amazônica em chamas provocaram uma comoção global e impulsionaram o assunto na agenda das discussões do G7, apesar da relutância inicial do Brasil por não estar presente na cúpula de Biarritz.

Macron disse neste domingo ter contatos em andamento com todos os países da Amazônia com o objetivo de firmar compromissos muito concretos de recursos técnicos e financeiros.

"Estamos trabalhando em um mecanismo de mobilização internacional para ajudar esses países com mais eficiência", disse o chefe de Estado.

O francês disse ainda que foi discutida necessidade de ações de longo prazo na Amazônia, como o reflorestamento. Macron enfatizou o compromisso com a soberania nacional dos países da região.

"O desafio da Amazônia para estes países e para a comunidade internacional é tal em termos de biodiversidade, oxigênio, luta contra as mudanças climáticas —que nós precisamos fazer esse reflorestamento", disse o presidente francês.

Esta crise ambiental ganhou tamanha proporção que ameaça o acordo comercial entra a União Europeia e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) assinado no final de junho, após 20 anos de negociações.

Acusando Jair Bolsonaro de ter "mentido" sobre seus compromissos com o meio ambiente, Macron anunciou que, nessas condições, se opõe ao tratado. Após a declaração, líderes da Alemanha, Reino Unido e Espanha declararam que o fim do acordo econômico não seria uma resposta apropriada como punição à questão ambiental. 

Enquanto isso, Bolsonaro recebeu apoio público do presidente americano, Donald Trump, que também participa do G7.

Na manhã deste domingo, Bolsonaro divulgou em suas redes sociais um vídeo em que a chanceler alemã Angela Merkel conversa com Macron e se diz preocupada em não passar a impressão de estar contra o presidente brasileiro.

Na postagem do vídeo, Bolsonaro comentou ter sempre buscado o diálogo com líderes do G7 e que o Brasil está comprometido com a proteção ambiental e respeita a soberania dos outros países. Bolsonaro ainda agradece aos chefes de estado que "ajudaram a superar uma crise que só interessa aos que querem enfraquecer o Brasil". 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas