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Descrição de chapéu mudança climática

Quase 70% da fauna selvagem mundial desapareceu em apenas 50 anos

Situação na América Latina, com 94% das extinções, preocupa o Fundo Mundial para a Natureza

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RFI

O Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) alertou em seu relatório publicado nesta quinta-feira (13) que o planeta perdeu, em média, quase 70% de suas populações de animais selvagens em cerca de 50 anos. A organização também aponta para a relação entre a perda de biodiversidade e o aquecimento climático, e chama atenção para a situação na América Latina.

Entre 1970 e 2018, em média 69% das populações da fauna selvagem —pássaros, peixes, mamíferos, anfíbios e répteis— desapareceram, segundo o índice Planeta Vivo, instrumento de referência publicado a cada dois anos pela WWF.

De acordo com o documento, a destruição dos habitats, principalmente para desenvolver a agricultura, é a causa principal. A caça aparece como a segunda razão, seguida das mudanças climáticas.

O número de gorilas das planícies orientais do Parque Nacional Kahuzi Biega, na República Democrática do Congo, caiu 80% - Jonny Hogg - 7.nov.12/Reuters

No entanto, o papel do aquecimento global nesse contexto "tem aumentado muito, muito rápido", aponta Marco Lambertini, diretor-geral do WWF. As outras causas do desaparecimento das espécies selvagens são a poluição do ar, da água e do solo, além da disseminação pelo homem de espécies invasivas.

Esse relatório é um "alerta vermelho para o planeta e para a humanidade, em um momento em que começamos a compreender realmente que ecossistemas duráveis, uma biodiversidade rica e um clima estável são necessários para garantir um futuro próspero, mas equitativo e mais seguro para nós, para nossos filhos e netos", insistiu Lambertini durante uma entrevista coletiva online.

Enquanto o mundo se prepara para a cúpula internacional da COP15 Biodiversidade, prevista para dezembro em Montréal, a WWF "pede que os governantes aproveitem esta última oportunidade adotando um ambicioso acordo global para salvar a vida selvagem", semelhante ao acordo de Paris de 2015 sobre as mudanças climáticas.

Para "reverter a curva de perda de biodiversidade" e "mitigar as mudanças climáticas", o relatório pede a ampliação dos esforços de conservação e restauração, a produção e consumo de alimentos mais sustentáveis e a rápida descarbonização de todos os setores econômicos.

94% das extinções na América Latina

De acordo com Mark Wright, diretor científico da WWF, a situação na América Latina é uma das mais preocupantes. Ele aponta que 94% das extinções acontecem nessa região do globo e lembra que essa área do planeta, "conhecida por sua biodiversidade", é "decisiva para a regulação do clima".

A Europa também viu sua população de animais selvagens diminuir de 18%, em média. "Mas esse número oculta perdas históricas extremas de biodiversidade" registradas antes do período analisado, pondera Andrew Terry, diretor da conservação do Sociedade Zoológico de Londres, parceira do WWF na pesquisa.

Na África, o índice avalia a perda da fauna em 66%, em média. "Um exemplo flagrante é o Parque Nacional Kahuzi Biega, na República Democrática do Congo, onde o número de gorilas das planícies orientais caiu 80%", principalmente por causa da caça, disse Alice Ruhweza, diretora do WWF África.

O índice Planeta Vivo leva em conta 5.230 espécies de vertebrados, divididos em cerca de 32 mil populações de animais em todo o mundo. Algumas espécies de tartaruga, linces, tubarões, corais e pererecas também estão entre os "ícones da biodiversidade" mais ameaçados, de acordo com o relatório.

(Com informações da AFP)

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