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EUA realizam 1º transplante renal de doador vivo com HIV

Rim de uma mulher com HIV foi transplantado para outra pessoa portadora do vírus da Aids

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AFP

Cirurgiões norte-americanos anunciaram na semana passada o primeiro transplante de rim de um doador vivo com HIV para um receptor também com HIV, um avanço para as pessoas com o vírus que pode implicar em mudanças na lista de espera por um novo órgão.

O rim de uma mulher com HIV foi transplantado para outra pessoa portadora do vírus da Aids, informaram os médicos do Hospital Universitário Johns Hopkins, em Baltimore.

Nina Martinez, 35, doou um de seus rins a um receptor anônimo. Ela disse que queria fazer a diferença na vida de alguém e lutar contra o estigma que cerca as pessoas que vivem com o vírus. "É poderoso mostrar que alguém como eu é saudável o suficiente para doar um órgão", disse.

Médicos em sala de cirurgia - Wikimedia Commons

Em uma coletiva de imprensa, ela afirmou estar se se sentindo bem e que esperava que o feito abrisse as portas para outros possíveis doares.

Martinez inicialmente queria doar um rim para um amigo, mas permaneceu como doadora para pessoas anônimas depois que ele morreu, segundo o hospital Johns Hopkins.

A decisão de transplantar demonstra a confiança dos cientistas nos atuais medicamentos antirretrovirais, que permitem aos pacientes levar uma vida normal, ou bem próximo disso.

Dorry Segev, professor associado de cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, estima que entre 500 e 600 soropositivos possam doar órgãos todos os anos nos Estados Unidos.

"O HIV era uma sentença de morte, e hoje a infecção pode ser tão bem controlada que oferece às pessoas com o vírus a oportunidade de salvar outras vidas."

Até agora, apenas os órgãos extraídos de pessoas que morreram com o HIV podiam ser transplantados.

O hospital recebeu a autorização em 2016 para realizar o primeiro transplante desse tipo, e aguardava desde então encontrar pacientes compatíveis.

O receptor passa bem e deve continuar tomando antirretrovirais. "Ao remover este destinatário da lista de espera, todos ganham um lugar, tenham HIV ou não", disse a doadora ao Washington Post.

Só nos últimos anos é que os médicos começaram a implantar órgãos de mortos com HIV em pessoas que já têm o vírus, em vez de desperdiçá-los.

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