Cientistas da USP levam IgNobel 2022 por estudar como intestino preso afeta sexo de escorpiões
Prêmio é voltado para pesquisas mais inusitadas ou irrelevantes em dez áreas da ciência; em 2020, Trump e Bolsonaro venceram
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Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) são os vencedores de uma das dez categorias do IgNobel de 2022. O prêmio anual, que está em sua 32ª edição e reconhece estudos aparentemente absurdos ou inúteis, é conhecido por "primeiro fazer as pessoas rirem e, depois, pensarem".
Os cientistas venceram a categoria de Biologia com uma pesquisa que mostra o efeito da constipação intestinal em escorpiões, devido à perda da cauda, no acasalamento entre esses animais.
A colombiana Solimary Garcia-Hernandez e o brasileiro Glauco Machado, líderes da pesquisa, foram premiados na transmissão online do evento, realizado nesta quinta-feira (15), pela equipe da revista Annals of Improvable Research.
O estudo brasileiro demonstra que os escorpiões do gênero Ananteris ficam com o intestino preso quando ejetam sua própria cauda para fugirem de predadores. É nessa parte do corpo que está o ânus dos animais.
Sem o ferrão e sem conseguir eliminar as fezes, eles se tornam mais lentos ao longo do tempo e diminuem suas chances de capturar presas maiores.
De acordo com o trabalho, essa diminuição no movimento dos machos também pode prejudicar a busca por parceiras. A perda da cauda, no entanto, não impede a procriação —ela só passaria a ocorrer em menor quantidade.
Cada ganhador recebe uma nota de 10 trilhões de dólares do Zimbábue, que quase não tem valor. Em 2020, líderes mundiais como Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foram escolhidos na categoria Educação Médica, pela forma com a qual conduziram a saúde pública durante da pandemia de Covid-19.
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