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Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

Descrição de chapéu Governo Lula Datafolha

Mulheres viram termômetro da popularidade de Lula no 2º ano

Presidente perdeu bônus após disputa com Bolsonaro e busca recuperar terreno entre eleitoras

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A disputa contra Bolsonaro deu a Lula um bônus entre as mulheres no início do governo. Em março de 2023, a avaliação positiva do petista entre as brasileiras era de 42%, oito pontos acima dos homens. A vantagem sumiu no segundo ano. Em junho, o presidente marcava 37% entre as mulheres e 36% entre os homens, segundo o Datafolha.

A variação da popularidade de Lula e o esforço do presidente para recuperar terreno nas últimas semanas têm as eleitoras como termômetro. Os índices entre as mulheres dão boas pistas sobre a sensibilidade com a economia e mostram o que ocorre quando a rejeição ao bolsonarismo perde peso na equação.

As mulheres estavam particularmente insatisfeitas com sua situação econômica pessoal na virada de Bolsonaro para Lula. Em março do ano passado, 37% dos homens diziam que haviam melhorado de vida nos meses anteriores. Só 25% das eleitoras afirmavam o mesmo. Ao longo dos meses, a satisfação delas subiu, mas a popularidade de Lula, não.

O presidente Lula (PT) levanta a primeira-dama Janja durante encontro com atletas olímpicos e paralímpicos, no Palácio do Planalto - Folhapress

O presidente perdeu parte de suas eleitoras de 2022. Entre as mulheres que declaram ter votado em Lula no segundo turno, a avaliação positiva do governo caiu de 74%, em março de 2023, para 65%, no mês passado. Elas não chegaram a migrar para a oposição, mas passaram a achar a gestão do petista apenas regular.

A desidratação ocorreu em regiões importantes para a vitória de Lula —em especial o Nordeste (de 61% para 48% de avaliação positiva entre as mulheres) e o Sudeste (de 38% para 31%). Houve quedas mais acentuadas na baixa renda, no grupo que estudou até o ensino médio, entre evangélicas e fora da população economicamente ativa.

Os sinais de uma recuperação de Lula, medidos pelo Ipec e pela Quaest na última semana, apontam que as mulheres podem ter voltado a puxar a popularidade do presidente para cima. O preço dos alimentos (com tendência de estabilidade) e os benefícios sociais (na mira de um pente-fino) vão determinar a trajetória do presidente nesse grupo.

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