Jornalista
Pecha de racista pode ser moralmente letal
É tão certo atacar o racismo quanto exige certeza ao atribuí-lo a alguém
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O racismo é tão asqueroso que, invocado contra alguém, pode ser uma pecha moralmente letal. É tão certo atacá-lo quanto exige certeza ao dirigi-lo contra alguém. Muitos têm escrito e dito que um rapaz só foi interpelado, no Leblon, sobre a posse de uma bicicleta motorizada por ser negro. A moça e seu namorado, que tiveram uma bicicleta roubada pouco antes, são chamados de racistas.
O rapaz foi interpelado, isso sim, por estar com uma bicicleta não “semelhante”, como é dito, mas igual em tudo à do casal. Qualquer pessoa recém-roubada, ao ver um objeto igual ao seu, teria o ímpeto de interpelar, sobre a propriedade, quem o portasse. Com quaisquer peles de um lado e outro.
O portador da bicicleta gravou em imagem e som a cena com o casal. No que foi exibido, em nenhuma palavra denota racismo. Comprovado não ser a bicicleta procurada, o próprio roubado pede e reitera desculpas pela inquirição.
A interpretação de racismo é compreensível em quem explode o acúmulo de sensações negativas, dia a dia, causadas pelo preconceito injusto, desumano mesmo. A moça e o namorado foram demitidos, em injustificável precipitação condenatória, pelo estúdio de dança Espaço Vibre e pela Papelaria Craft. Do jornalismo não preciso dizer o que você, se aceitou as observações aqui feitas, já pensou.
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