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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Descrição de chapéu São Paulo Campeonato Paulista

O talento ganhou do esforço

Os operários tricolores perderam para as estrelas alvinegras no quente Majestoso

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No 12º Majestoso seguido no Morumbi, com mais de 54 mil torcedores, a escrita da invencibilidade são-paulina acabou.

Por mais que os anfitriões martelassem durante todo o primeiro tempo, em dois ataques, nas duas únicas finalizações corintianas, Adson fez 2 a 0, em passes de Fagner pela direita e de Roger Guedes pela esquerda.

A diferença esteve no talento que sobra na equipe de Parque São Jorge e falta na do Morumbi.
Esperar do clássico a qualidade que se viu entre Palmeiras e Flamengo seria mais que exagero, soaria até como covardia.

Lance da partida Corinthians 2 x 1 São Paulo, no estádio do Morumbi - Paulo Pinto/saopaulofc.net

Também na etapa final as formiguinhas tricolores não pararam, fizeram por merecer melhor sorte, com bola rente à trave, no travessão, mas a experiente constelação alvinegra parecia não se incomodar.
Se não bastasse, para o fim do jogo, o treinador Fernando Lázaro ainda lançou mão de Giuliano e, principalmente, de Paulinho, nove meses depois.

Mas nem bem eles entraram, Luciano fez o 1 a 2 e o jogo pegou fogo.

Com oito minutos de acréscimos, tudo era possível, mas apenas uma vez, e por muito pouco, novamente com Luciano, o São Paulo ameaçou empatar.

Os operários têm futuro. As estrelas têm passado.

AH, O APITO…

Se há questões aparentemente insolúveis para a humanidade, e há diversas —como a violência contra mulheres e o racismo—, a arbitragem no esporte é mais uma delas —embora incomparavelmente menos importante.

O último fim de semana foi farto em exemplos, no Brasil, nos Estados Unidos e na Inglaterra. No futebol e no basquete.

Os flamenguistas reclamam do quarto e decisivo gol palmeirense em Brasília, pela Supercopa, quando Mayke, em posição de impedimento, teria atrapalhado a atuação do goleiro Santos e o VAR não se deu ao trabalho de chamar o assoprador de apito para interpretar o lance.

Muito pior aconteceu em Brighton, pela Copa da Inglaterra, quando o francês Konaté, do Liverpool, com cartão amarelo, deu uma safanão no argentino Mac Allister, em jogada de clara e manifesta possibilidade de gol e, só pode ter sido para não expulsar o zagueiro, nem marcar a falta clamorosa sua senhoria marcou.

O Brighton não está em pé de guerra porque virou o jogo e venceu por 2 a 1, para eliminar os Reds.

Não ficou atrás o trio de arbitragem em Boston, no jogo entre Celtics e Los Angeles Lakers, pela NBA.
No último segundo, jogo empatado 105 a 105, LeBron James recebeu estrondoso tapa no braço de Jason Tatum, embaixo da cesta, e nada foi marcado.

Jayson Tatum, do Boston Celtics, e LeBron James, do Los Angeles Lakers, em lance da partida deste domingo, que acabou Celticas 125 x 121 Lakers - Maddie Meyer/Getty Images via AFP

Como os pedidos de desafio já haviam se esgotado, a prorrogação veio e o Boston Celtic venceu por 125 a 121, para desespero de LeBron, que mui provavelmente teria convertido pelo menos um dos dois lances que lhe roubaram pela não marcação da falta.

Nada justifica atitudes como as de Abel Ferreira, ao dar pitis em todos os jogos e até chutar microfones como fez no Mané Garrincha ao reclamar de escanteio não concedido.

Mas se o olhar humano é falho, o auxílio eletrônico imperfeito e o apito dos assopradores uma verdadeira Geni, fica difícil jogar pedras em quem está competindo.

Precisa ter paciência de Jó para aguentar o que Mac Allister e LeBron James suportaram.

Já Abel Ferreira, apaixonantemente vencedor, e irritantemente reclamão, além de mordaça, precisa agora de corrente nas pernas.

INTERROGAÇÃO

Gabriel Menino será substituto melhor para Danilo que Gerson para João Gomes?

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