Siga a folha

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

Obesos têm mais chance de ter câncer de rim, mas respondem melhor ao tratamento

Paradoxo da doença vem sendo estudado por cientistas

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Ao contrário do que comumente se observa, melhores resultados no tratamento do câncer de rim em obesos do que em pacientes com peso normal têm sido observado e vêm sendo objeto de estudos nos últimos anos.

Agravamento do diabetes, hipertensão e problemas de coração são frequentes em obesos que não controlam bem seu peso, entre várias outras doenças. Não é o caso do câncer de rim de células claras.

Em 2012, Yuni Choi e colaboradores do Samsung Medical Center, em Seul, República da Coreia, relataram no International Journal of Cancer que paradoxalmente doentes obesos apresentavam melhor prognóstico no tratamento da doença do que aqueles com sobrepeso ou peso normal.

Rins são responsáveis por filtrar o sangue e remover íons e dejetos provenientes do metabolismo - Reprodução

Recentemente, na revista The Lancet Oncology de dezembro, Alejandro Sanchez e colaboradores sugerem uma explicação para esse contrassenso.

Há um risco aumentado de desenvolvimento de carcinoma de células renais no obeso, mas também é observada melhora significativa no tratamento desse câncer quando comparado com aqueles de peso corporal normal.

Os autores identificaram frações do código genético no tumor primário e no tecido adiposo peritumoral (a gordura corporal ao redor do tumor) em pacientes obesos e de peso normal e compararam em seguida as diferenças de expressão genética no tecido adiposo com as do próprio tumor.

A conclusão é que as diferenças encontradas e a interação complexa entre o tumor e o microambiente peritumoral observado contribuiriam para a aparente vantagem de sobrevida nos obesos.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas