Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Fala do presidente do PSDB paulistano causa indignação na cúpula do partido

Fernando Alfredo disse 'parte da turma' que votou pela permanência de Aécio é aquela 'para quem ele distribuiu dinheiro

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A declaração do presidente municipal do PSDB de SP, Fernando Alfredo, de que “boa parte da turma” que votou pela permanência do senador Aécio Neves no partido é aquela “para quem ele distribuiu dinheiro” foi recebida com indignação por parte da cúpula da legenda, que classifica a fala como irresponsável.

HISTÓRIA

Entre os que votaram com Aécio estavam lideranças históricas como José Serra, Pimenta da Veiga, José Aníbal e Teotônio Vilela —os quatro inclusive já presidiram o partido.

Leia a coluna completa aqui.

Em mai.17, executivos do grupo J&F, proprietário da marca JBS, afirmam que o então senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi gravado pedindo R$ 2 milhões a um dos donos da empresa, Joesley Batista, para pagar sua defesa na Operação Lava Jato. AFP/Andressa Anholete

Em jun.17, a Procuradoria-Geral da República denuncia o senador Aécio sob acusação de corrupção e obstrução da Justiça. AP/Eraldo Peres

Em jun.17, a Procuradoria-Geral da República denuncia o senador Aécio sob acusação de corrupção e obstrução da Justiça. Em setembro, a Primeira Turma do STF decide impor medidas cautelares, alternativa à prisão pedida pela PGR, e pede o afastamento de Aécio do mandato de senador e recolhimento domiciliar noturno. Folhapress/Pedro Ladeira

Em 11.out.17, após contestação no meio político, o plenário do STF decide que medidas cautelares contra congressistas, para entrar em vigor, precisam de aval da Câmara ou do Senado se comprometerem o exercício do mandato. O Senado ficou de votar as restrições impostas a Aécio. AFP/Sergio Lima

Em 18.out, senadores derrubam a decisão do STF que havia afastado Aécio do mandato. Nos debates, colegas do tucano argumentaram que a medida não está prevista na Constituição e que é preciso manter a separação entre os poderes. Folhapress/Mateus Bonomi

Em mar.18, documentos da Junta Comercial de Minas Gerais mostram que Aécio não informou ao órgão R$ 6,6 milhões da venda de suas cotas na rádio Arco Íris, de Belo Horizonte, à sua irmã Andrea, em 2016. Ele atestou que o negócio ficou em R$ 88 mil. Folhapress/Pedro Ladeira

Em abr.18, Aécio torna-se réu em ação penal no Supremo pela primeira vez, por causa do episódio em que foi gravado, em mar.17, pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS. Os ministros da Primeira Turma do STF votaram por receber a denúncia da PGR. Folhapress/Pedro Ladeira

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