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Oposição inclui conversa com Kajuru em pedido de impeachment de Bolsonaro

Conteúdo se soma à acusação de cooptação de Forças Armadas pelo presidente

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Líderes da oposição e da minoria no Congresso querem incluir em seu pedido de impeachment de Jair Bolsonaro a conversa telefônica que o presidente da República teve com o senador Jorge Kajuru. Os parlamentares alegam haver indícios de crime de responsabilidade em falas de Bolsonaro durante a ligação.

O acréscimo do conteúdo é solicitado em aditamento entregue nesta quarta (14) ao pedido de impedimento protocolado por eles no fim de março, alegando que o presidente da República tentou cooptar as Forças Armadas em episódio que levou à renúncia conjunta dos comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.

O documento é assinado pelos senadores Jean Paul Prates (PT-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e pelos deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).

No aditamento, eles apontam que Bolsonaro tentou mudar o objetivo da CPI da Covid ao cobrar que, se ela fosse instalada, trabalhasse para apurar a atuação de prefeitos e de governadores --não só a gestão federal.

Os parlamentares ainda afirmam que o presidente também estimulou o impeachment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo os parlamentares, essas ações são consideradas crime de responsabilidade do presidente.

"Em um período de menos de 20 dias, o presidente Bolsonaro cometeu uma série de crimes de responsabilidade", afirma o senador Jean Prates. "Além de 'cooptação às Forças Armadas', no final de março, o presidente agora tenta impedir o livre funcionamento do Senado e constrange os ministros do STF. Caso ocorram mais crimes de responsabilidade do presidente, vamos incluir novos aditamentos."

"Pelo andar da carruagem, nos próximos meses, teremos uma lista enorme de crimes de responsabilidade e o impeachment do presidente da República pode se tornar inevitável", acrescenta ele.

O deputado Marcelo Freixo chama Bolsonaro de "serial killer constitucional". "Sua irresponsabilidade está matando e por isso ele não pode permanecer no cargo. A Câmara precisa reagir e abrir o processo de impeachment", afirma.

"[Ele] cometeu mais um crime de responsabilidade ao tentar intervir no Congresso Nacional e intimidar um ministro do STF para impedir as investigações dos crimes que praticou na pandemia."

QUARENTENA

com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO

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