Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Vacina da Pfizer quase esgota em SP no primeiro dia de aplicação
Já foram consumidas 73% das 135 mil doses destinadas à capital paulista
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A vacina produzida pela Pfizer quase esgotou no primeiro dia em que foi oferecida à população da cidade de São Paulo. Ao todo, foram aplicadas 99.396 doses da fabricante —o que corresponde a 73% das 135.720 unidades recebidas.
Até as 18h desta quinta-feira (6), a Secretaria Municipal da Saúde contabilizou 133.513 doses totais de vacinas contra Covid-19 aplicadas.
As vacinas da Pfizer, que chegaram à capital paulista na terça-feira (4), foram aplicadas exclusivamente em unidades de saúde por causa da refrigeração. Em postos de drive-trhu foram aplicadas as da AstraZeneca.
A advogada Angela Leal Saboia de Castro, 63, foi uma das pessoas que receberam a vacina da Pfizer nesta quinta. Moradora dos Jardins, ela foi até a Bela Vista, na região central da capital, e enfrentou uma fila de quatro horas de espera na UBS Nossa Senhora do Brasil.
Por causa da idade, a advogada já poderia ter sido vacinada anteriormente —a campanha desta quinta era destinada a pessoas entre 60 e 62 anos—, mas ela optou por aguardar a chegada do imunizante da farmacêutica norte-americana. "Privilegiei a Pfizer para poder entrar nos Estados Unidos. Eu viajo muito pra lá", explica Angela, que já tem passagens compradas para o país desde o ano passado.
Outro fator que pesou em sua escolha foi a taxa de eficácia da vacina da Pfizer, de 95%, enquanto a da Coronavac é de 50,38%, e a da AstraZeneca, 70%,
Nesta semana, o Ministério da Saúde decidiu recomendar o intervalo de 12 semanas entre as aplicações da primeira e da segunda dose do imunizante, mais do que os 21 dias indicados pela fabricante na bula. O prazo segue modelo adotado no Reino Unido, primeira nação a utilizar a vacina da Pfizer em sua população.
Angela Leal deverá retornar à UBS da Bela Vista em 29 de julho para receber a segunda dose, mas ela diz estar inclinada a entrar com uma ação na Justiça para antecipar o prazo. "Eles metem o pau no [presidente Jair] Bolsonaro porque a cloroquina não é indicada [para Covid] na bula, porque o uso é off-label. Como querem que siga a bula [para o medicamento] e mandam tomar a vacina três meses depois?", reclama.
A Secretaria Municipal de Saúde recomenda que a ida aos locais de vacinação aconteça de maneira gradual, de modo a evitar aglomerações nos postos, e com o pré-cadastro no site Vacina Já preenchido para agilizar o tempo de atendimento.
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