Siga a folha

Descrição de chapéu aborto Assembleia Legislativa

Maioria dos deputados da CPI do Aborto em SC é contra o procedimento

Comissão pretende investigar caso de menina de 11 anos que abortou após juíza tentar interferir

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Quase todos os deputados estaduais que integram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Aborto da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) são contrários à interrupção da gestação.

Ao menos seis dos sete membros do colegiado já se pronunciaram contra o acesso ao procedimento, hoje previsto em lei em casos de gravidez após estupro, quando há risco de morte materna ou quando há gestação de feto anencéfalo. Entre eles estão o presidente da CPI, Ismael dos Santos (PSD), o vice-presidente, Jessé Lopes (PL), e a relatora, Ana Campagnolo (PL).

Protesto em frente ao Ministério Público Federal, em São Paulo, em defesa do aborto legal - Bruno Santos - 23.jun.2022/Folhapress

O único membro que não apresentou a oposição ao aborto como uma bandeira de mandato ou de campanha recentemente é o deputado Fabiano da Luz (PT).

A CPI do Aborto foi instalada na terça-feira (11). O requerimento para a sua criação foi apresentado antes das eleições pela deputada bolsonarista Ana Campagnolo.

A parlamentar pede que seja investigado o caso da menina catarinense de 11 anos que, grávida após ser vítima de um estupro, foi induzida por uma juíza a desistir do aborto legal.

Campagnolo defende que as situações que envolveram o procedimento "merecem ser melhor esclarecidas". Ela questiona se houve crime na realização da interrupção da gestação e se foi feita falsa comunicação do crime de estupro.

Para aqueles que se opõem à CPI, por sua vez, a iniciativa pode criar insegurança jurídica em torno de um procedimento legal e evitar que outras pessoas em situação de vulnerabilidade tenham acesso a ele.

Além da postura dos integrantes da comissão, o caráter sigiloso dos trabalhos da CPI também tem gerado preocupação entre entidades e organizações que defendem o acesso à interrupção legal da gestação. Nesta semana, a Alesc decidiu que as reuniões semanais do colegiado não serão tornadas públicas por envolver menores de idade.

O caso da menina de 11 anos que teve o acesso ao aborto dificultado foi revelado pelo The Intercept Brasil e pelo Portal Catarinas. Em junho deste ano, após a repercussão do episódio, ela realizou o procedimento de interrupção da gestação.


NA PONTA DA LÍNGUA

O presidente do Instituto Tomie Ohtake, Ricardo Ohtake, compareceu à abertura da exposição "Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação", no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, realizada na terça-feira (11). Com curadoria da artista, ativista e educadora Daiara Tukano, a mostra reúne trabalhos de cerca de 50 cineastas, pesquisadores, influenciadores digitais e artistas visuais indígenas.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas