Correspondente da Folha na Ásia
Divididos na ONU, EUA e China aguardam juntos a 'segunda onda'
No NYT, morte de americanos pode 'subir para 300 mil' até o fim do ano; no Caixin, retorno da doença à China 'é inevitável'
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Como de costume, jornais e canais dos Estados Unidos deram pouca ou nenhuma atenção às Nações Unidas.
O New York Times, de forma quase oculta, trouxe o enunciado “Briga de EUA e China se intensifica no palco global”, com os discursos de Donald Trump e Xi Jinping —e o alerta do secretário-geral António Guterres contra a “Grande Fratura” do mundo, pelos dois, do comércio às finanças e à internet.
O South China Morning Post foi por aí, com a chamada “EUA vs. China: duas novas ordens mundiais em exibição quando ONU faz 75 anos”.
A manchete digital do NYT, na verdade, foi para o novo marco da pandemia no país, “Mortos passam de 200 mil; casos em ascensão sugerem nova fase”.
Por nova fase, refere-se à onda que se forma por lá, a exemplo da Europa. “Alguns epidemiologistas afirmam que o número pode subir para 300 mil até o final do ano”, publicou.
Nisso, EUA e China se reaproximam. A submanchete do Caixin, de Pequim, foi para artigo do infectologista Zhang Wenhong, “Segunda onda do vírus é ‘inevitável’ na China, neste inverno”.
Também citando a disparada dos casos de Reino Unido, Espanha e França, Zhang escreve que é sempre questionado se a China terá um retorno semelhante da doença —e responde: “Haverá. É inevitável”.
O'NEILL E O BRIC
O economista Jim O’Neill publicou no Caixin e falou ao canal financeiro CNBC sobre a projetada recuperação global em "V”, pós-pandemia, sobretudo dos países Bric —acrônimo que ele criou há duas décadas— e em especial da China.
“No final de 2021, o crescimento chinês terá compensado não só as perdas, mas a perda na tendência” histórica de crescimento, afirmou, acrescentando que, “no grupo Bric, é o país que realmente importa, globalmente”.
SEM IMPULSO
A CNBC ouviu também Alberto Ramos, do Goldman Sachs para a América Latina, para quem a recuperação em “V” do Brasil, nos últimos meses, “foi sustentada em grande parte pelas transferências muito grandes”, que devem agora ser gradualmente eliminadas.
O banco de investimento espera para o último trimestre e para 2021 uma “perda significativa do impulso de crescimento” no país.
ACABOU?
Na manchete sempre mais arriscada de Drudge (acima), com AP, "Suprema Corte vai mudar para a direita". Por Wall Street Journal e outros, o apoio do senador Mitt Romney "matou qualquer dúvida" quanto à aprovação de um nome conservador.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters