Marcelo Duarte é escritor, jornalista e, acima de tudo, curioso
Saiba por que chamamos coisas grandes de 'jumbo'
Este era o nome do maior elefante do mundo, que morreu atropelado em 1885 por um trem
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Por que a gente costuma chamar de "jumbo" algo realmente grande? Na minha escala de grandeza, jumbo aparece muito bem cotado. Seria algo assim: grande, enorme, gigante, jumbo, super, hiper, mega, blaster e ultra.
Qual é a origem dessa palavra?
Jumbo era o nome daquele que foi considerado o maior elefante do mundo. Tinha 3,45 metros de altura —um elefante africano selvagem mede, em média, 2,85 metros— e sete toneladas. Ao analisar seus ossos, cientistas encontraram uma fenda no fêmur, o que indicaria que ele ainda estava crescendo quando morreu, em 1885, atropelado por um trem. Poderia ter passado os 4 metros, calcularam.
O esqueleto do elefante Jumbo está no Museu de História Natural de Nova York. Jumbo foi capturado na fronteira da Eritreia com o Sudão, na África, em 1862. Ele tinha um ano. Ganhou o nome de Jumbo, que significa "olá" no idioma africano suaíli.
Passou por zoológicos da Alemanha, França e Inglaterra, até terminar seus dias num circo de atrações bizarras de Nova York, nos Estados Unidos.
O que Jumbo tem a ver com Dumbo?
O gigantesco elefante inspirou o livro de Helen Aberson, lançado em 1939: "Dumbo – O Elefante Voador" conta as aventuras de um bebê elefante, que tem orelhas gigantes e, por causa delas, consegue voar.
A obra foi levada para o cinema dois anos depois por Walt Disney. E foi também a inspiração para o apelido dado ao avião Boeing 747, que chamava a atenção por seu tamanho.
Como foi o atropelamento?
Jumbo tinha 24 anos (um elefante em liberdade pode chegar aos 60 ou 70 anos). Ele ganhou uma estátua na cidade de St.Thomas, em Ontário, Canadá, local do atropelamento.
O tratador do elefante, Matthew Scott, não obedeceu à ordem dos funcionários da estação de só carregar os elefantes depois das 21h55. No livro "Jumbo – A Biografia Não Autorizada de Uma Sensação Vitoriana" (2014), o autor John Sutherland acredita que a morte não foi um acidente.
Segundo ele, o elefante estava doente e, para evitar uma morte lenta, os donos do circo encenaram a situação que levou ao atropelamento. Scott não tocou nesse assunto no livro que escreveu no mesmo ano da morte do animal.
O livro "O Tratador de Jumbo" não tinha tamanho jumbo: eram apenas 50 páginas.
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