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Marcelo Duarte é escritor, jornalista e, acima de tudo, curioso

Saiba tudo sobre o Círio de Nazaré, que se escreve assim mesmo, com 'c'

Círio é o nome de uma grande vela ou de uma procissão a algum santuário em que geralmente se carrega uma dessas velas

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Há várias festividades religiosas no Brasil. Na próxima quarta (12), por exemplo, comemora-se o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira nacional, data que se transformou em feriado em 1980.

Outra manifestação católica muito importante está acontecendo neste final de semana no Pará. Os paraenses dão ao Círio de Nazaré uma importância equivalente à do Natal. Preparam ceia com pratos típicos (pato no tucupi, maniçoba, tacacá e açaí) e também trocam presentes.

Fiéis celebram a volta do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, em 2022. Procissão voltou às ruas do centro de Belém após dois anos de pandemia e distanciamento social - Foto: Pedro Guerreiro/Ag. Pará/Divulgação

Cerca de 2 milhões de fiéis, romeiros e turistas acompanham o cortejo final, que acontece no segundo domingo de outubro. Ela recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

Ops, você escreveu círio, e não sírio... Corrija aí!

Sírio é quem nasce num país chamado Síria. Círio é o nome de uma grande vela ou de uma procissão a algum santuário em que geralmente se carrega uma dessas velas.

Desde quando essa procissão é realizada?

A procissão é realizada em Belém desde 1793 (a primeira aconteceu no dia 8 de setembro). Sua história está ligada ao lenhador Plácido José de Sousa.

Por volta de 1700, ele achou uma imagem de 30 centímetros de Nossa Senhora de Nazaré num matagal, perto de um córrego, nos arredores de Belém e decidiu levá-la para casa. Mas a imagem teria voltado ao local onde fora encontrada. O fato teria se repetido algumas vezes. Por isso, depois de tantas idas e vindas, decidiram construir um santuário para a santa no local da descoberta.


Como é a festa?

A festa começa 15 dias antes do segundo domingo de outubro. Imagens da santa passam pelas casas dos fiéis em novenas. Na manhã de sábado, uma procissão de barcos percorre 30 quilômetros da baía do Guajará, seguindo uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que é carregada na primeira embarcação. Há também romarias de motos, carros e bicicletas.

No mesmo dia, acontece a tradicional feira de brinquedos de miriti (madeira de uma palmeira da região). O primeiro altar de Nossa Senhora de Nazaré era feito de miriti.

A grande procissão de amanhã, que é o ponto máximo da celebração, relembra o caminho de Nossa Senhora até o local de origem, onde foi construída a Basílica Santuário. Muitos que seguem a imagem —que todo o ano ganha um manto novo— tentam segurar um pedaço dos 420 metros da corda que cerca o oratório.

Quando estive em Belém, visitei o Museu do Círio, no bairro de Cidade Velha, e o Memória de Nazaré, ao lado do estacionamento da basílica.

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