Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Na contramão de tendência nacional, Prefeitura de Ilhabela decide comprar 'kit Covid'
Prefeito Toninho Colucci diz que acredita no tratamento precoce e que questão foi politizada no Brasil
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Na contramão da tendência de municípios e estados brasileiros de abandonarem o uso de medicações como hidroxicloroquina e ivermectina para o tratamento do coronavírus, a Prefeitura de Ilhabela decidiu comprar e disponibilizar o chamado "kit Covid" em sua rede de saúde.
O prefeito do município, Toninho Colucci (PL), disse ao Painel que a prefeitura fornecerá aos médicos e pacientes que acreditam nos remédios a oportunidade de se tratarem com eles. Bandeiras do governo Jair Bolsonaro, eles não têm eficácia cientificamente comprovada contra a Covid-19.
Colucci afirma que a cidade já está com hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina na rede, e que talvez tenha que comprar apenas vitamina D e zinco.
"A gente respeita a decisão médica. Existem médicos que concordam e que não concordam [com o kit Covid]. Quem quiser, a medicação existe e a gente vai autorizar o profissional a prescrever", diz o prefeito.
O prefeito recebeu um médico defensor desses fármacos contra a Covid-19 em seu gabinete na segunda-feira (1°), que publicou nas redes sociais que a Ilhabela adotaria protocolo de tratamento precoce.
Colucci diz que a decisão foi tomada um mês atrás e não teve a interferência desse médico.
"Eu acredito no tratamento precoce. Acredito que o exame clínico, dependendo do profissional, dá a sugestão, é uma medicação sem grandes contraindicações, não vejo o porquê não fazer", diz o prefeito, que é formado em odontologia e pós-graduado em Saúde Pública.
Colucci diz que toma preventivamente ivermectina, vitamina D e zinco há seis meses. Ele afirma que não teve Covid-19.
"Eu uso essa medicação de forma preventiva, acredito nela, e acho que a gente tem que disponibilizar essa medicação para os pacientes de Ilhabela que acreditarem nela. O profissional prescrevendo é uma atitude dele", afirma. "Eu testemunho que não tem efeito colateral".
Ele também afirma que participou de missão na Amazônia em 1982 e tomou cloroquina durante 65 dias. "Não passei mal".
"É claro que não estamos fazendo apologia ao uso de forma discriminada. Precisa passar pela área médica", conclui.
Sobre o fato de os remédios não terem eficácia comprovada por estudos científicos, Colucci afirma que isso se deve a interesses econômicos de laboratórios farmacêuticos e à politização da questão no Brasil, onde o governo federal se tornou o principal disseminador dos remédios.
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