Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Com aval de Lula, deputado federal do PT encampa candidatura ao Governo de Minas
Reginaldo Lopes (PT-MG) diz ter sido incentivado por ex-presidente, mas petistas não descartam aliança
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O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) afirmou que, após duas conversas com o ex-presidente Lula (PT) nos últimos dias, topou abraçar uma candidatura ao Governo de Minas Gerais para garantir palanque ao petista no segundo maior colégio eleitoral do país.
A construção da candidatura foi tema de conversa em Brasília, quando Lula esteve na capital federal, e posteriormente em São Paulo. O deputado registrou os dois encontros nas redes.
“Topei já. A ideia é colocar o time na rua para candidatura a governo mesmo”, diz o deputado, que inicialmente procurou Lula com a intenção de concorrer ao Senado. Lopes diz que foi incentivado pelo ex-presidente a se apresentar como candidato a governador.
Desde então, Reginaldo se colocou à disposição do diretório do PT em Minas e da CNB, a principal corrente petista. Ele quer preparar seminários para mobilizar a militância e discutir um programa de governo. A missão do deputado, segundo dirigentes petistas, é resgatar a imagem do partido entre os mineiros e estudar saídas para a crise financeira do estado.
Membros do partido envolvidos nas conversas afirmam que Lopes tem a simpatia de Lula, que o considera jovem, com energia e bagagem política no estado.
Demais petistas de Minas Gerais apontam, contudo, que há diferentes cenários possíveis, como lançar outros nomes da sigla ou até participar da chapa do prefeito Alexandre Kalil (PSD) ao governo. Mas, até mesmo para negociar eventual parceria, o PT avalia que é preciso lançar um nome.
Como Kalil é um candidato competitivo e anti-Bolsonaro, o PT vê benefícios na aliança desde que o prefeito faça campanha por Lula e atenda ao programa de governo petista. Entre aliados de Kalil, essa hipótese é quase descartada —seu palanque deve ser dividido entre os que se oponham ao presidente, caso o PSD não tenha candidato próprio.
Reginaldo não descarta formar alianças, mas pondera em relação a Kalil. “É um bom comunicador e ficou do lado da ciência, mas ainda lhe faltam capacidade de gestão e criatividade para resolver problemas, teria que fazer uma revisão programática.”
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