Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant
Quem puser dinheiro na Eletrobras dará tiro no escuro, diz interlocutor de Lula a empresários
Ex-ministro Alexandre Padilha vê irregularidades na venda da estatal, mas diz que contratos serão respeitados
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O ex-ministro Alexandre Padilha afirmou nesta quinta-feira (9) a empresários que o processo de privatização da Eletrobras não acabou e ainda pode ser questionado na Justiça. Ele disse haver "irregularidades explícitas", mas não as especificou.
Ainda assim, questionado se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia rever a venda da estatal, afirmou que "Lula nunca foi um rasgador de contratos".
"Não contamos com o ovo antes de a galinha botar. Tem muitas irregularidades explícitas nesse processo de privatização da Eletrobras que poderão ser questionadas na Justiça. Inclusive, acredito que o investidor que vai colocar o dinheiro nessa privatização cheia de irregularidades pode estar dando um tiro no escuro", declarou.
Padilha participou nesta quinta de um jantar com empresários do grupo Esfera, que tem promovido conversas com candidatos nas eleições de 2022 e seus representantes. O ex-ministro tem sido escalado para essa missão por ter sido o titular de Relações Institucionais na gestão petista.
Ele ressaltou ainda que Lula tem apreço pela Eletrobras por acreditar que, sem ela, não teria sido possível universalizar o acesso à energia elétrica.
"Não teria acontecido o Luz Para Todos se não tivesse o empenho e a disposição de uma empresa pública como a Eletrobras, de viabilizar esse programa. Lula tem uma preocupação muito grande com a manutenção do acesso à energia à população mais pobre, às regiões mais pobres", disse na ocasião.
Segundo o ex-ministro, Lula classificou como inadmissível o apagão vivido no Amapá em novembro de 2020, quando 13 municípios tiveram o abastecimento comprometido por 21 dias.
"Para ele, seria inadmissível o que aconteceu no estado do Amapá, que teve a privatização da sua estatal, ficou num apagão de luz, à mercê de uma empresa privada que não se responsabilizou em garantir luz para um estado inteiro", declarou.
Embora tenha lamentado e apontado problemas na privatização da Eletrobras, garantiu que Lula cumprirá contratos, caso o processo seja concluído.
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