Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Davi Alcolumbre deve presidir CCJ por mais dois anos
Pelos acordos que Pacheco costura para sua reeleição, PT deve ficar de fora das principais comissões
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O senador Davi Alcolumbre (União-AP) deve presidir novamente a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o colegiado mais importante do Senado. Alcolumbre se firmou como um dos principais aliados do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e tem participado ativamente das articulações por sua reeleição.
Interlocutores de Pacheco, no entanto, afirmam que o senador pelo Amapá não fará do posto um cavalo de batalha e pode ceder, caso seja necessário compor com outras legendas.
Pelos acordos costurados até o momento, o PSD de Pacheco deve presidir a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) e o MDB pretende ficar com a CRE (Comissão de Relações Exteriores). Renan Calheiros (MDB-AL) é o mais cotado para o posto.
Com essa divisão, o PT deve ficar de fora das principais comissões do Senado, apesar de o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ter endossado a candidatura de Pacheco desde o princípio. Hoje, o partido comanda as comissões de Direitos Humanos e de Meio Ambiente, colegiados frequentemente ocupados pela oposição.
Há insatisfação entre petistas com essa divisão. Pelo fato de o partido ser governo, havia a expectativa de um posto com maior projeção política.
Na próxima segunda-feira (30) a bancada tem uma reunião marcada com Pacheco para tratar dos espaços na futura gestão, caso a reeleição se concretize. Aliados do presidente do Senado defendem que, ao entregar a 1ª Secretaria para o PT, considerada a "prefeitura" da Casa, com acesso a cargos e orçamento, ele já faz um gesto importante ao partido, que terá somente a quarta bancada.
Alcolumbre presidiu a CCJ nos últimos dois anos. Além de analisar a constitucionalidade de todos os projetos de lei, a comissão é responsável pelas sabatinas de ministros do Judiciário indicados pelo presidente da República. Durante sua gestão, atuou para dificultar a nomeação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça, adiando a sabatina do então indicado.
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