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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Lewandowski tem de ouvir mais pessoas da área de segurança, diz bancada da bala

Parlamentares criticam também emenda que propõe constitucionalizar diretrizes federais; assessoria diz que ministro está aberto ao diálogo

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Brasília

Deputados da bancada da bala afirmam que, embora o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) tenha maior abertura ao diálogo que seu antecessor, Flávio Dino, ele deveria ouvir mais nomes da área de segurança pública, em vez de especialistas que não conhecem nada do tema.

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fala com a imprensa após reunião com presidente Lula - Folhapress

As críticas foram feitas pelo atual presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, Alberto Fraga (PL-DF), e por seu antecessor, deputado Sanderson (PL-RS). Ambos integram a chamada bancada da bala.

Fraga diz que tem conseguido manter um diálogo e avançar em negociações com o ministro. Mas defende que ele ouça integrantes da segurança pública na formulação de suas políticas.

"O ministro Lewandowski é uma pessoa muito coerente, teórica, tem um bom conhecimento jurídico, mas na área de segurança pública ele tem que ouvir pelo menos pessoas da área", diz.

"Uma das coisas que nós nos orgulhamos da nossa comissão é que a grande maioria foi, no mínimo, por 25, 30 anos, operador da segurança pública. Então a gente tem um pouco de noção do que está defendendo."

Ele acrescenta que há integrantes do colegiado que fazem parte da base do governo. "Então pelo menos ouça essas pessoas. E não técnicos, especialistas em segurança pública, entre aspas, que não conhecem nada do dia a dia e ficam dando opiniões que mudam procedimentos e atrapalham bastante. Isso precisa ser revisto."

Sanderson também diz que o atual ministro é mais diplomático e melhor de conversar, mas afirma que "até agora, não entregou nada de resultado".

"A questão das armas não adiantou nada. A questão da desideologização do Ministério da Justiça ele tinha prometido e não fez, porque encheu o ministério de gente que tem relação com a sociologia, com a filosofia, que não são da segurança pública e estão dando as diretrizes para a área."

Ambos também criticam a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que, entre outras coisas, quer dar ao governo federal o poder de estabelecer diretrizes de segurança e obrigar os estados a segui-las.

"As melhores políticas dão conta da descentralização do serviço de segurança pública. Quanto mais descentralizado, melhor", diz Sanderson.

A assessoria do ministro afirma que ele tem sido aberto ao diálogo, tanto que já recebeu algumas vezes os integrantes da chamada "bancada da bala".

"Já a PEC é uma proposta a ser discutida pelo Legislativo e o ministro tem feito questão de dialogar sobre ela", acrescenta a assessoria.

O próprio fato de a matéria ter sido enviada ao Congresso já seria um importante sinal de abertura, uma vez que ela tende a ser amplamente debatida por lá.

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