Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Caetano Veloso doa imposto para o Museu Nacional

Paula Lavigne faz campanha para convencer mais pessoas a direcionar até 6% do tributo para reconstrução

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Acervo Paula Lavigne e Caetano Veloso destinaram parte do Imposto de Renda para a reconstrução do Museu Nacional, destruído por incêndio em 2018. A empresária também distribuiu mensagens estimulando outras pessoas a se engajar.

Partes do crânio e o fêmur de Luzia, o esqueleto humano mais antigo descoberto na América que revolucionou as teorias científicas sobre a ocupação do continente. Júlia Barbon/Folhapress/

Bendegó, o maior meteorito brasileiro e um dos maiores do mundo, com 5 toneladas. Foi encontrado em 1784 por um menino que pastoreava o gado no sertão da Bahia. Ele resistiu ao fogo na entrada do museu. Folhapress/Ricardo Borges

Múmia Sha-Amun-em-Su (de cerca de 2.800 anos), que ficava no escritório do imperador Dom Pedro 2º. Foram achados amuletos e parte dos ossos e do caixão, mas os tecidos moles se perderam. Folhapress/Picasa

Amuletos que ficavam dentro do caixão da múmia da sacerdotisa cantora Sha-Amun-em-Suo (por volta de 750 a.C). Ele ficava no escritório de Dom Pedro 2º e nunca havia sido aberto. A primeira pedra é do tipo escaravelho-coração e ficava na altura do peito da múmia, as outras peças são amuletos que ficavam em um pequeno saco. Júlia Barbon/Folhapress/

Estatuetas chamadas de "shabits", que eram colocadas nas tumbas para cumprir tarefas que o morto poderia vir a ser convocado a realizar em um outro mundo, como cultivar campos e limpar canais. Júlia Barbon/Folhapress/

Vasos onde egípcios guardavam maquiagens e perfumes. Após o incêndio, foram recuperados diversos desses itens, alguns em boas condições e outros fragmentados. Júlia Barbon/Folhapress/

Estatueta em calcário chamada de "Dama do Cone, que representa uma mulher da elite da época (1500 a 1450 a.C.). Ela usa um vestido de linho e segura uma flor de lótus como sinal de renascimento. Suas cores foram apagadas pelo calor e o cone de incenso que ficava em sua cabeça foi perdido no incêndio. Júlia Barbon/Folhapress/

Fragmentos da estela de Itu (1307 a 1196 a.C.): as estelas egípcias são lajes em rocha ou madeira com cenas ou textos, que serviam como epitáfios, marcadores de fronteiras ou enfeitavam monumentos; o museu tinha 53 delas. Júlia Barbon/Folhapress/

Crânio de uma das múmias da coleção que estava guardada na reserva técnica do Museu Nacional; material ósseo se preservou do fogo em alguns casos. Júlia Barbon/Folhapress/

À esquerda, panelas de cerâmica dos Waujá, habitantes do Parque Indígena do Xingu; à direita, bonecas de cerâmica do povo Karajá (Goiás), patrimônio cultural do Brasil. Júlia Barbon/Folhapress/

RIO DE JANEIRO, RJ - Exposição Museu Nacional Vive - Arqueologia do Resgate. Na foto, crânio de rinoceronte-negro, um dos poucos exemplares da fauna africana que sobreviveram ao incêndio. (Foto: Júlia Barbon/Folhapress) . Folhapress/Júlia Barbon

Mantas de algodão carbonizadas com insetos secos; algumas delas foram encontradas em bairros vizinhos, lançadas pelas labaredas. Júlia Barbon/Folhapress/

Capacete de guerreiro japonês que havia sido recém-restaurado antes do incêndio. Júlia Barbon/Folhapress/

Madeira de quase 90 milhões de anos achada na Antártida quando ela tinha florestas; o fóssil quebrou, mas manteve sua estrutura por causa do metal fundido do armário onde estava. Júlia Barbon/Folhapress/

RIO DE JANEIRO, RJ - Exposição Museu Nacional Vive - Arqueologia do Resgate. Na foto, cerâmicas peruanas recuperadas da reserva técnica da arqueologia do museu; algumas delas sofreram alteração na cor após o incêndio. Folhapress/Júlia Barbon

Únicos fragmentos de ninhos de vespas sobreviventes entre a imensa coleção no museu; eles são feitos de barro, bastante resistentes. Júlia Barbon/Folhapress/

Fragmentos de troncos fósseis coletados na Antártica e achados sob escombros do museu, com pedaços de metal de um armário que derreteu. Júlia Barbon/

Pontas de lança de metal feitas por indígenas e encontradas sob os escombros do museu. Júlia Barbon/Folhapress/

Roteiro Para convencer mais gente a repetir o gesto, Lavigne diz que não é doação, e que é possível usar até 6% do IR, recebendo a restituição do valor no ano seguinte.

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