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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Candidato de oposição volta a pedir debate na eleição do Ciesp

José Ricardo Roriz diz que adversário não respondeu ao convite

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São Paulo

José Ricardo Roriz, vice-presidente da Fiesp que é candidato à presidência do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), voltou a chamar seu adversário, Rafael Cervone, para um debate antes da eleição. Cervone é o candidato da chapa articulada por Paulo Skaf, atual presidente do Ciesp e da Fiesp.

No início de maio, Roriz já tinha convidado Cervone para o debate, mas diz que não teve resposta. Ele argumenta que há mais de 15 anos as eleições da entidade têm chapa única, e o debate marcaria a disputa na corrida deste ano.

José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Fiesp, em entrevista para a Folha na sede da Abiplast. Folhapress/Karime Xavier

Para o empresário, alguns grupos querem enfraquecer a discussão do desemprego e da recuperação econômica. "Há interesse de pessoas que de uma certa forma ainda não foram condenadas, ou mesmo algumas condenadas, de desestabilizar [o ministro]. Facções ligadas ao crime organizado têm todo interesse de desmontar isso", afirmou. Folhapress/Karime Xavier

"Essa questão no meio empresarial não ocupa nem 2% do tempo", afirmou Roriz Coelho sobre uma eventual saída de Lula da prisão. Folhapress/Karime Xavier

"Ao mesmo tempo que o presidente já declarou várias vezes que a imprensa tem de ser livre, ele dá uma declaração como essa, uma coisa inadequada". O empresário se referia a uma fala de Jair Bolsonaro sobre o jornalista Glenn Greenwald. O presidente afirmou que "talvez [Greenwald] pegue uma cana aqui no Brasil, não vai pegar lá fora não”. Folhapress/Karime Xavier

"O que atrapalhava o país era a corrupção", afirmou Roriz Coelho quando questionado sobre a percepção de que a Lava Jato prejudicava a economia do país. Folhapress/Karime Xavier

"Não podemos achar que [combate à corrupção] é coisa de uma pessoa só, que se torna herói nacional. Tem de ser coisa da sociedade. Esse fato é até positivo, desmistificar isso de que o Moro sozinho é o grande guardião da honestidade", afirmou o empresário. Folhapress/Karime Xavier

Procurada pelo Painel S.A., a assessoria de imprensa de Cervone diz que a agenda dele está cheia até a eleição.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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