Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Setores agrícola e pecuário analisam efeitos do horário de verão

Proposta vem ganhando adesão do segmento de restaurantes

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O movimento de empresários pela volta do horário de verão, que atraiu o apoio de restaurantes, negócios de turismo e até do empresário bolsonarista Luciano Hang, ainda está sendo analisado nos setores agrícola e pecuário.

Segundo Eduardo Daher, diretor-executivo da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), a iniciativa é vista com bons olhos em tempos de crise hídrica e energética. Mas ainda não houve adesão formal à proposta, que já foi enviada ao governo.

“Estamos muito preocupados com a estiagem neste ano, que vai acabar gerando o encarecimento de alimentos. E outra parte da inflação vem da energia”, afirma ele. Daher afirma que a volta do horário de verão pode estender o tempo de trabalho do produtor rural na luz do sol.

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) pondera que a medida faria pouca diferença na rotina das granjas e dos produtores bovinos e suínos porque as atividades dependem da necessidade dos animais. “Não existe isso de mudar o horário do trato do animal,” afirma Ricardo Santin, presidente da associação.

Ele estima, no entanto, que o funcionamento estendido de bares e restaurantes pode aumentar o consumo de alimentos. “O pleito é legítimo, e o nosso setor também contempla a indústria, que pode ganhar mais uma hora de sol para trabalhar e ajudar no contexto da crise energética, mas não sabemos o impacto disso ainda”, diz Santin.

O consumo em restaurantes mostrou sinais de recuperação em maio depois das restrições de funcionamento em março e abril, segundo índice da Fipe com a Alelo. Embora a quantidade de transações nos estabelecimentos tenha caído cerca de 46% ante o mesmo mês de 2019, a retração foi menor do que
em abril (cerca de 51%).

com Mariana Grazini e Andressa Motter

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas