Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Investidor pede punição de responsáveis no caso Americanas
Abradin afirma que estuda recorrer a CVM e Ministério Público
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Após o anúncio de um problema contábil da ordem de R$ 20 bilhões no balanço da Americanas, nesta quarta-feira (11), a Abradin (Associação Brasileira de Investidores) diz que estuda adotar medidas junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e ao Ministério Público para proteger os acionistas minoritários.
Para Aurelio Valporto, presidente da Abradin, os investidores "foram enganados". A associação vai pedir ao regulador a apuração das responsabilidades das pessoas físicas envolvidas e eventual punição. No MP, a ideia é verificar a possibilidade de ressarcimento aos cofres da empresa, além de apurar eventual ocorrência de crimes e de envolvimento de controladores, segundo ele.
"Essa notícia nos pegou de surpresa, e a primeira coisa que me chamou a atenção foi a absoluta incompetência dos auditores. Este fato lesa enormemente o patrimônio dos investidores e mina a credibilidade do mercado de capitais nacional. As pessoas físicas responsáveis devem ser pedagogicamente punidas tanto no âmbito cível quanto criminal, se for o caso. A Abradin vai estudar as medidas cabíveis junto à CVM e ao Ministério Público. Deverá ser, também, rigorosamente apurada a possível responsabilidade dos controladores, atuais e anteriores", afirma.
Junto com o anúncio do caso, o novo presidente da Americanas, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, que assumiram recentemente, comunicaram que vão deixar a empresa. Rial segue como assessor dos acionistas de referência da Americanas, o trio de bilionários do fundo de investimentos 3G Capital —Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.
Em conferência com investidores nesta quinta (12), Rial disse que a companhia precisará ser capitalizada e falou em "sinais de que talvez o nível de transparência e talvez a vontade da própria gestão em querer falar de problemas e desafios não estivesse tão fluída na organização como deveria".
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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