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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Em dois anos, Vale já pagou metade do valor a afetados por barragem de Brumadinho

Acidente em Mariana, no entanto, segue em meio a críticas e divergências

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São Paulo

As reparações pelos acidentes da Vale e Samarco em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, seguem caminhos diferentes.

Embora os estragos decorrentes do rompimento da barragem em Brumadinho tenham ocorrido mais recentemente, em 2019, os pagamentos à população afetada já chegou à metade do valor estipulado.

Segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas), gestora do programa, cerca de R$ 2 bilhões já foram destinados às famílias desde novembro de 2021. A Justiça mineira determinou que o programa deve ressarcir até R$ 4,4 bilhões —pouco menos de 10% do total acertado pela Vale com as autoridades.

Área atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho onde uma ossada foi localizada - Divulgação/ Corpo de Bombeiros

Em novembro, a instituição registrou recorde no pagamento. Foram R$ 100 milhões repassados a mais 129,4 mil pessoas, de acordo com a FGV.

Em Mariana, prejudicada pelo acidente da Samarco em 2015, há discussões de toda ordem envolvendo os recursos. Na região, cabe à Fundação Renova o pagamento das indenizações e auxílios aos habitantes afetados pelo rompimento da barragem.

Em junho deste ano, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), subiu o tom contra a fundação.

Ao Painel, ele cobrou transparência na alocação dos R$ 25 bilhões [o valor atualizado ultrapassa R$ 30 bilhões] já pagos e deveriam ter sido aplicados na reconstrução das áreas atingidas. Silveira mencionou a "inércia" da Samarco nesse processo.

A Fundação Renova, bancada pela mineradora Samarco e suas donas, Vale e BHP Billiton, afirma que o auxílio financeiro emergencial totalizou R$ 2,6 bilhões desde o acidente, valor que foi pago mensalmente ao longo desse período. Pelos termos do TAC (Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta), o valor terá de ser pago até que as atividades produtivas ou econômicas dos beneficiários sejam retomadas.

Além do auxílio, as empresas já pagaram R$ 13,6 bilhões em outros tipos de indenizações. Outros R$ 17,2 bilhões foram destinados a ações de reparação e compensação.

Além disso, neste momento, a União e o governo mineiro divergem sobre a destinação dos recursos a serem pagos pagos pela empresa. A União quer que o dinheiro seja usado somente na área afetada. O governador Romeu Zema (Novo) quer dar outra destinação.

Com Paulo Ricardo Martins

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