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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

Descrição de chapéu Copa do Mundo 2022

Garotos maduros e Casemiro dão vitória sofrida ao Brasil

Sem liderança técnica de Neymar, triunfo contra a Suíça tem a marca do Real Madrid campeão da Champions

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Rodrygo melhorou a seleção no segundo tempo, participou do gol anulado de Vinicius Junior e deu o passe para o chute certeiro de Casemiro na vitória sofrida por 1 a 0 contra a Suíça.

Melhor com Rodrygo do que com Paquetá. O menino é mais maduro e experiente por sua participação no Real Madrid.

Diga-se, veio da capital espanhola a contribuição para a vitória. Jogada de Vinicius, passe de Rodrygo, gol de Casemiro. Os três campeões da Champions League, em maio.

Casemiro comemora gol com Vinicius Junior e ao lado de Rodrygo (à esq.): trio campeão pelo Real Madrid foi fundamental - Fabrice Coffrini/AFP

Não é que Neymar tenha jogado tão bem contra a Sérvia a ponto de explicar a queda de produção da seleção brasileira, de atuação difícil contra a Suíça.

Talvez tenha faltado sua liderança técnica, mais do que suas jogadas. Hoje, todos sabem que, sem Neymar, o Brasil depende de seus pontas e, principalmente, de Vinicius Junior. Mas ele começou cercado por três suíços, com a entrada de Rieder, mais defensivo do que Shaqiri, e que fazia um triângulo de marcadores com o lateral Widmer e o volante Freuler.

A maturidade está na juventude, e o time só melhorou –um pouco– com a entrada de Rodrygo no lugar de Paquetá. O ponta-de-lança que entrou no intervalo recebeu do corta-luz de Richarlison e entregou a Casemiro, que deu o passe para Vinicius Junior marcar.

O lindo gol, também com jeito de Real Madrid campeão da Champions, foi anulado por impedimento no início da jogada. Lembrou os lances de Argentina x Arábia Saudita, que poderia ter o primeiro tempo concluído em 4 a 0, mas os sensores impediram.

Ao mesmo tempo, a jogada indicou que os jogadores decisivos de Tite são os garotos e que só existe um caminho sem Neymar: o lado esquerdo. Raphinha não vive bom momento, não é titular do Barcelona, não jogou bem na estreia e não construiu contra os suíços.

Os velhos chavões voltariam não fosse o gol de Casemiro. Palavras gastas, como "ferrolho", que não passaram nem perto da seleção suíça. Nem em Doha, nem em Rostov, quatro anos atrás. Não foi a retranca a dificuldade brasileira. A verdade é que a seleção tem uma inexplicável dificuldade contra a Suíça, a quem enfrentou pela terceira vez em Copas do Mundo e venceu apenas a primeira, suando.

Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem.

O ditado é espanhol, do mesmo lugar que já se dizia afobadamente, no domingo à noite, que virá o adversário do Brasil nas quartas de final. Já não é tão afoito dizer isso agora, porque a seleção ficou com o caminho aberto para liderar a chave, por causa do gol de Casemiro.

Mesmo assim, ainda é preciso somar ponto contra Camarões e passar pelas oitavas, de onde pode vir dificuldade até mesmo se o rival for Gana, de duas partidas empolgantes contra Portugal e Coreia do Sul.

Os ganeses têm também o seu espanhol, Iñaki Williams, que estreou contra o Brasil no amistoso de setembro.

Até lá, é possível o retorno de Neymar. Talvez não para ser o craque do time, mas o líder dos garotos maduros e decisivos, Vinicius Junior e Rodrygo.

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