Siga a folha

Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Ação do Exército em favela do Rio traz desconfiança a moradores

Militares montaram bloqueios nas entradas de complexo de favelas

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro

No início da noite desta segunda-feira (19), equipes do Exército montaram barreiras nas principais entradas do Complexo do Chapadão. Atentos à movimentação, os moradores dos bairros de Guadalupe e Anchieta foram discretos e evitaram comentar a movimentação. 

Centenas de militares entraram em pontos estratégicos do complexo de favelas, que se estendem pelos bairros de Guadalupe, Pavuna e Anchieta.

O Chapadão é dominado pelo tráfico e por gangues de roubo de cargas.

“Essa intervenção é apenas uma maquiagem. Já vi isso outras vezes. Daqui a um tempo, vai tudo continuar como era antes”, disse a motorista Cristina Piranga, 37.

Ela disse que mora numa das entradas “mais barra pesada” do complexo. “Tiroteio, bailes intermináveis e cargas sendo vendidas na minha porta são uma constante. Essa intervenção só vai expor o filho dos outros”, disse a motorista, apontado para um soldado do Exército, posicionado numa das barreiras instaladas pelos militares. 

“Não acredito que esses garotos têm mais experiência para subir o morro que um policial militar”, acrescentou. 

O aposentado Jair Matias, 58, disse que também não acreditava no sucesso da intervenção na comunidade.

“Aqui tem muito bandido. Tem que colocar uns 200 tanques desses”, afirmou Matias, apontado para o Guarani (veículo blindado), estacionado na rua Fernando Lobo.

“Vamos ver o que vai acontecer. Torço pelo sucesso, mas não acredito muito”, completou.

Nas duas primeiras horas de operação na entrada da rua Fernando Lobo, a Folha presenciou apenas um gesto de apoio aos militares.

Uma criança de dois anos pediu ao pai para cumprimentar um soldado. 

Até 19h40, o clima era de tranquilidade. Os militares revistavam os carros que entravem e deixavam a comunidade. Nenhum tiro foi disparado.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas