Siga a folha

Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Estudante trans desaparecida no RJ foi assassinada, diz família

Jovem de 21 anos desapareceu há uma semana após uma festa de aniversário

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Matheus Passareli tinha 21 anos e era aluna de Artes Visuais na Uerj - Reprodução/ Instagram

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Natacha Cortêz Vinícius Lisboa
Rio de Janeiro | UOL e Agência Brasil

A família de Matheus Passareli Simões Vieira, 21, conhecida como Matheusa, confirmou nesta segunda-feira (7) que a estudante de artes visuais da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que está desaparecida há uma semana, está morta.

A irmã da vítima, Gabe Passareli, comunicou em seu perfil no Facebook que a DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros) da Polícia Civil constatou que Matheusa foi assassinada em uma favela da zona norte do Rio. 

“As buscas se intensificaram após o anúncio do desaparecimento da minha irmã (...). Sobre seu corpo, também segundo informações colhidas pela DDPA, foi queimado e poucas são as possibilidades de encontrarmos alguma materialidade, além dos milhares que a Matheusa deixou em vida e que muito servirão para que possamos ressignificar a realidade brutal que estamos vivendo”, escreveu Gabe.

A estudante desapareceu após deixar uma festa de aniversário no dia 29 de abril, no bairro do Encantado, também na zona norte do Rio. O caso continua sendo investigado pela DDPA para apurar as causas do crime.

Em nota, a Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio lamentou a morte da estudante, e o coordenador, Nélio Georgini, defendeu que “nenhuma hipótese” seja descartada na apuração das motivações do crime.

Segundo a coordenadoria, as denúncias de casos de agressão a lésbicas, gays, bissexuais e transexuais do Rio cresceram mais de 100% entre janeiro e abril de 2018, em relação a 2017. O órgão pondera que isso não necessariamente significa que ocorreram mais agressões e pode refletir também o aumento da procura por formalizar as denúncias.

Matheusa tinha grande relação com o universo da moda, inclusive desfilou na última edição da Casa de Criadores, para o estilista Fernando Cozendey. Ela também estava envolvida com o projeto Jacaré Moda, rede que conecta pessoas, periferias e potências criativas por meio da moda, e fazia parte do casting da agência de modelos Squad.

A Uerj divulgou nota de pesar, exaltando o apreço da estudante pela educação pública. A universidade afirma ainda que o assassinato de Matheusa é mais uma manifestação “da realidade de violência e desigualdade que se alimenta das distorções econômicas do país”.

“O amor de Matheus pela universidade pública, como espaço para realização do sonho profissional e de afirmação dos talentos das mais diferentes personalidades e perspectivas, foi declarado e vivido, sempre apaixonadamente, quando circulava pelos corredores da Uerj”, diz o texto. 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas