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Apenas 18% dos juízes brasileiros são negros, segundo CNJ

Debate sobre racismo no Judiciário voltou à tona com o caso da advogada algemada no RJ

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A advogada Valéria Lucia dos Santos, 48, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro - Zo Guimaraes /Folhapress

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São Paulo

Apenas 18,1% dos magistrados brasileiros são negros, segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgado nesta quinta-feira (13). Dentre eles, 1,6% são pretos e 16,5%, pardos. Do total de entrevistados, 80,3%, são brancos e somente 11 se declaram indígenas.

A pesquisa foi realizada com 11.348 magistrados ativos, cerca de 62% do total de juízes, desembargadores e ministros dos tribunais superiores do país. 

Segundo o IBGE, 55% da população brasileira é de pretos e pardos. 

O porcentual de pretos avançou 0,2 pontos percentuais desde o último levantamento realizado pelo CNJ, em 2013. Na época, pretos correspondiam a 1,4% dos magistrados. Pardos compunham 14,2% do total.

Dois anos depois da primeira pesquisa, em 2015, o CNJ estabeleceu cota de 20% para pretos e pardos em vagas dos concursos públicos para cargos efetivos e de ingresso na magistratura, no âmbito do Poder Judiciário.

O debate sobre racismo no Judiciário voltou à tona com o caso da advogada Valéria Lucia dos Santos, 48, algemada nesta segunda-feira (10) durante uma audiência no 3º Juizado Especial Cível de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro.

A advogada disse à Folha que sofre preconceito todos os dias no trabalho e que não se sente representada no Judiciário. "O Estado é racista, entendeu? Mas se eu falo isso é mimimi, é vitimismo. [...] Eu entro nas audiências e não me sinto representada. A gente está em minoria na estrutura institucional do Judiciário", afirmou. 

A pesquisa do CNJ também mostra que os magistrados brasileiros são, em sua maioria, homens, brancos, católicos, casados e com filhos. As mulheres representam apenas 38% do total. ​

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